Caixinha diz que Santos pode ter mais um reforço além de Deivid Washington e Thiago Maia
Em contrapartida, presidente garante que o Peixe encerrou a sua atuação nesta janela de transferências

Além do atacante Deivid Washington, que esteve na Vila Belmiro, na noite desta quarta-feira (19), e do meio-campista Thiago Maia, o Santos pode anunciar, nos próximos dias, um terceiro reforço para a sequência da temporada.
Em entrevista coletiva após a vitória do Peixe sobre o Noroeste, o técnico Pedro Caixinha, sem revelar o nome, deixou escapar que o clube tem conversas em andamento para a chegada de mais uma peça. O presidente Marcelo Teixeira, porém, nega essa possibilidade e diz que o Alvinegro encerrou o ciclo de contratações.
Sem considerar Deivid e Thiago Maia, que ainda não foram anunciados, o Santos já efetuou a contratação de nove jogadores: os zagueiros Luisão e Zé Ivaldo, o lateral-direito Leo Godoy, os meia-atacantes Thaciano, Álvaro Barreal e Rollheiser, e os atacantes Tiquinho Soares, Neymar Jr e Gabriel Veron.

Abner Dourado/AGIF
O que Caixinha falou sobre esse reforço?
Enquanto respondia sobre a possibilidade de levar ou não força máxima para o duelo de domingo (23), contra a Inter de Limeira, no interior do Estado, Caixinha falou sobre as situações de Deivid Washington, Thiago Maia e um outro suposto reforço.
— Posso adiantar que na sexta o Barreal treinará com o grupo. O Willian também. O Deivid deve ter essa possibilidade. Vamos ver como será o processo do Thiago e tem mais um jogador que pode ser incorporado — comentou o treinador.
Novamente questionado sobre o assunto, o português desconversou.
— Ele ainda não está conosco. Então, não faz parte do processo e, por isso, não falarei sobre ele — acrescentou.
Em entrevista ao ‘Varanda Futebol e Debate‘ depois da vitória sobre o Noroeste, o mandatário do Peixe, Marcelo Teixeira, descartou essa chance. Segundo o presidente, as chegadas de Deivid Washington e Thaigo Maia colocam fim nas contratações do Santos nesta janela de transferências.
Treinador abre as portas do CT do Rei Pelé à CBF
À beira do gramado ao longo do confronto, Caixinha não teve a oportunidade de conversar pessoalmente com Dorival Júnior, que foi à Vila Belmiro para assistir de perto o desempenho de Neymar visando a próxima convocação da Seleção Brasileira. Em razão disso, o treinador alvinegro aproveitou a coletiva de imprensa para demonstrar toda a satisfação que está sentindo por participar desse processo de recuperação do craque brasileiro.
— Nã tive contato com o Dorival. O preparador e o fisiologista acompanharam o nosso treino e as nossas portas estão abertas para a CBF e a comissão do Dorival. Gosto muito dele e é uma pena não tê-lo cumprimentado pessoalmente. Estamos sempre abertos e cordiais a recebê-los e trocar informações. Nós temos uma causa. A causa Neymar. Ele abdicou de muitas coisas para vir para essa causa onde se sente bem, feliz como não se via há muito tempo. Isso é um primeiro passo para que o segundo passo seja a causa Brasil. Podemos trabalhar com ele da melhor maneira e ter os devidos cuidados. Apesar de ele querer jogar sempre, temos que ter atenção, porque ninguém quer que ele tenha um retrocesso em relação ao desenvolvimento, crescimento e o processo de jogo que tem a ver com o ritmo. Estamos satisfeitos com a evolução e abertos a receber a CBF para ajudar — falou Caixinha.
Caixinha é contra o gramado sintético?
O treinador do Peixe também foi perguntado sobre a polêmica que agitou o noticiário do futebol brasileiro nesta semana: os campos com grama sintética.
Com larga experiência em diferentes campeonatos do mundo, o português emitiu a sua opinião e deixou claro ser contra os jogos nesse tipo de gramado.
Últimas notícias do Santos:
— Na Europa, a UEFA proíbe essa superfície. Só em centro de formação para que os jovens tenham qualidade ao nível do processo de treino. Teve uma proliferação grande. O gramado evoluiu, mas não serão capazes de substituir uma superfície natural. Sei que o Brasil tem um clima diferente. Mas já estive pelo mundo em zonas chuvosas, de muito frio, de muito calor, de muita umidade. As superfícies de gramado natural, em quase todas, eram fantásticas. Tem outra vertente polivalente, não só desportiva, como também de espetáculo. Não cabe a mim decidir ou opinar. Quem organiza tem que ter uma direção. Não vejo futebol de alto rendimento jogado em superfície sintética da mesma forma que natural. Senão, a Champions League permitiria. A Copa do Mundo permitiria. A Copa da Europa permitiria — se posicionou.