‘É uma posição em que gostaríamos de ter outra opção’: Abel volta a lamentar (conformado) por lacuna no elenco

Abel Ferreira não se abalou muito após o empate (1 a 1) com o Santo André na noite da segunda-feira de Carnaval (12), pelo Campeonato Paulista.  O que o técnico não parece engolir mesmo é o fato de ter apenas Raphael Veiga pronto para ser o meia de criação da equipe, segundo sua análise.

– Temos um jogador super pronto, o Veiga. Nós temos que entender que, por muito que eu queira meter o Luís, temos que dar tempo. O Jhonatan… Temos que dar tempo. É uma posição que gostaríamos de ter outra opção. Se não vier ninguém, eles que vão jogar – disse o técnico.

Embora o clube já tenha se acertado com Rômulo, jovem destaque de 22 anos do Novorizontino, o treinador segue se queixando da ausência de um homem de criação para usar como organizador do jogo.

– É ter paciência com os jogadores mais jovens. Muitos deles saltam fases. No caso do Luis Guilherme, é um jogador que pouco competiu no sub-20. O saltar fases tem coisas boas e ruins porque é preciso passar por algumas fases para consolidação. No profissional, é exigência máxima, rigor máximo. Os erros aqui pagam-se caros. Nós estamos aqui para ajudar – completou.

Ontem, Luis Guilhherme entrou mais apagado no jogo. Já Jhon Jhon teve um pouco mais de brilho. Sobre o setor de contenção do meio-campo, no entanto, o técnico mostrou estar satisfeitio com o que tem. A experiência com três volantes, sendo Zé Rafael o mais vançado deles, mais uma vez, se mostrou válida – em especial com o camisa 8 criando:

– O Fabinho trabalha conosco desde que chegamos. Nós fazemos isso com muitos jogadores, como Luis e Estevão. Trabalham conosco de forma diária, mas que uns estão mais na frente e outros mais atrás. Muitos acham que podem ser o Endrick… Não só eles, mas empresários e pais. E isso tem interferência muito grande. O tempo não é igual para todos. As vezes é preciso de uma palavra mágica: paciência. Sobretudo com os jogadores mais jovens – disse.

– O Aníbal dá opções, o Fabinho está crescendo. Jogamos hoje, daqui a três dias jogaremos de novo. Depois três dias outra vez. Temos que fazer essa gestão para não perder os jogadores por lesão. O Zé tem umas características, o Veiga tem outras.

UM PONTO PRA CADA!

Em um jogo com muitas chances, o Palmeiras saiu na frente, mas o Santo André não se deu por vencido e foi atrás do empate!

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— CazéTV (@CazeTVOficial) February 13, 2024

Concorrência para Endrick

Enquanto se queixa de não ter mais um meia, Abel se prepara para receber Endrick, de volta da seleção pré-olímpica. E o treinador não quisa garantir a titularidade do camisa 9.

– Vamos receber, fazer os testes. Vai ter a concorrência de dois jogadores que estão muito bem, o Flaco López e o Rony. As escolhas são feitas não pensando no jogador A, B ou C, e sim na equipe. Ele chega amanhã e fala comigo – disse.

Sobre a partida propriamente, o técnico se mostrou satisfeito com a produção de sua equipe e explicou porque entrou com um time recheado de suplentes, deixando Veiga no banco, por exemplo:

– Na minha opinião, fizemos um bom jogo. Podemos andar e dar voltas, falar que trocou dois, três, sete jogadores. Não. A diferença é fazer gols. Por isso temos que ficar tristes. Não fomos capazes de matar o jogo com o segundo gol – disse, que negou ter poupado os jogadores pensando no Dérbi do domingo:

– Não (foi pensando no Corinthians). É para não ter lesionados. Não é por acaso que o Palmeiras é uma das equipes que tem menos lesões ao longo do ano. Não é só porque tem um bom Núcleo de Performance, e também porque tem um treinador arrojado que gosta de dar oportunidade aos jogadores, que gosta de ver todos. Não penso daqui a três jogos e sim um de cada vez.

– Já disse muitas vezes que futebol é eficácia. Tivemos tudo para fazer o segundo gol. Depois, erro no escanteio, bola longa. Competição é isso. Competir em alto nível é estar concentrado o jogo todo. Pena porque produzimos o suficiente para mais de um gol – finalizou.