Sul-Americana

Mastriani entra na história da Sul-Americana e mantém Athletico-PR no caminho do tri

Ao marcar um gol na vitória sobre o Belgrano, o atacante uruguaio virou o maior artilheiro da competição ao lado de Hernán Barcos

Após uma boa temporada no América Mineiro no ano passado, o atacante Gonzalo Mastriani ficou valorizado no mercado e, mesmo com a queda do Coelho, se manteve na elite do futebol brasileiro ao chegar ao Athletico-PR.

Com as várias trocas de técnico, o centroavante sofreu um pouco para adaptar em Curitiba, mas sempre tem entregado gols, como fez na noite desta quinta-feira (22), fazendo um na vitória por 2 a 0 sobre o Belgrano pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana.

Em momento difícil do jogo, aos 8 minutos do segundo tempo, o uruguaio se aproveitou do erro do zagueiro Mariano Troilo para sair na cara do gol e cravar na saída do goleiro.

Foi simplesmente o 19º gol de Mastriani pela Sul-Americana, se tornando o maior artilheiro da história da competição ao lado do famoso Hernán Barcos, o Pirata, ex-Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro.

Gols de Mastrini na Sul-Americana por edição:

  • 2018 (Boston River): 1
  • 2022 (Barcelona de Guayaquil): 2
  • 2023 (América Mineiro): 9
  • 2024 (Athletico-PR): 7

Após vencer por 2 a 1 na Ligga Arena, o torcedor do Furacão sofreu hoje.

Logo aos 20 do primeiro tempo, Lucas Esquivel perdeu a bola no meio-campo e, ao tentar recuperar a bola, deu uma solada em Facundo Quignón, tomando na hora o cartão vermelho.

A equipe paranaense de Martin Varini soube se defender no Estádio Mario Alberto Kempes, em Cordoba, e ainda ampliou com Lucas Di Yorio pouco antes dos acréscimos. Efetivo, marcou literalmente nas únicas duas chances que teve.

Campeão em 2018 e 2021, o Athletico vai atrás do tricampeonato, que o isolaria como maior campeão, deixando para trás Boca Juniors, Independiente, LDU e Independiente Del Valle.

Para isso, terá uma pedreira nas quartas: o Racing, que enfiou 8 a 1 no Huachipato no agregado na fase anterior e decidirá em casa contra o CAP.

Uma possível semifinal pode ser frente a Corinthians ou Fortaleza, que se enfrentam nas quartas.

Maiores artilheiros da história da Copa Sul-Americana, fundada em 2002:

  • Hernán Barcos e Gonzalo Mastriani — 19 gols
  • Miler Bolaños e Rodrigo López — 16 gols
  • Bernardo Cuesta, Silvio Romero, Nicolás Fernández e Miguel Borja: 15 gols

Athletico consegue se defender bem no primeiro tempo

A expulsão obviamente condicionou a partida, mas os argentinos já vinham dominando a bola e tentando atacar mais do que os brasileiros.

Isso, no entanto, não significou efetividade aos mandantes. Eles rondavam a área e até assustaram em batida de Quignón de longe, o que de mais claro criou. Léo Winck não precisou trabalhar por toda etapa inicial.

No contra-ataque, o Furacão também não fez muito. Focou em se defender e fez isso bem em um 4-4-1, às vezes alternando para linha de cinco zagueiros.

Belgrano mantém péssima criação e toma dois

O time argentino manteve a mesma criação pobre da etapa inicial nos 45 minutos finais. Só em cabeçadas do capitão Franco Jara se aproximou do gol, mas, ainda sim, nada muito claro.

O maior susto do Belgrano em cima dos brasileiros foi, na verdade, dado pelo árbitro. Logo após o Athletico abrir o placar, o árbitro marcou pênalti por mão de Cuello após cruzamento de Velázquez. Sorte que o VAR o ajudou para marcar a entender que o lance aconteceu fora da área.

O CAP, pelo contrário, atacou duas vezes e marcou nas duas, provando como o time é mortal com Varini.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
Botão Voltar ao topo