O sonho acabou: início desastroso tira título da Sul-Americana do Cruzeiro
Time celeste sofre dois gols em menos de 20 minutos e, mesmo com gol de Kaio Jorge, não consegue se recuperar na grande final
O sonho da conquista da Copa Sul-Americana acabou para o Cruzeiro. O clube celeste teve um primeiro tempo de pesadelo, sofrendo dois gols nos primeiros 19 minutos do jogo disputado neste sábado (23), no Estádio La Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai. O desconto de Kaio Jorge, ainda no início da segunda etapa, não foi suficiente para que o time celeste se recuperasse dos tentos anotados por Martirena, Adrian Martínez e Roger Martínez, que fechou o placar nos minutos finais. 3 a 1 para o Racing.
Com a derrota, o Cruzeiro passa a ter a obrigação de se classificar para a Copa Libertadores de 2025 via Campeonato Brasileiro.
O Cruzeiro foi escalado por Fernando Diniz da seguinte forma:
- Cássio; William, João Marcelo, Lucas Villalba e Marlon; Lucas Romero, Walace e Matheus Henrique; Matheus Pereira, Gabriel Veron e Kaio Jorge.
Gustavo Costas, por sua vez, mandou o seguinte Racing a campo:
- Gabriel Arias; Di Cesare, Santiago Sosa, García Basso; Martirena, Nardoni, Almendra, Gabriel Rojas e Quintero; Maxi Salas e Adrian Martínez.
Duelo de torcidas abrilhanta a festa
Desde muito antes de a bola rolar, as torcidas de Racing e Cruzeiro protagonizaram um belo espetáculo. Mesmo em menor número, os cruzeirenses impressionaram pela força dos gritos, que várias vezes se sobrepuseram aos dos argentinos.
A parte superior do setor destinado aos cruzeirenses balançou muito nos momentos onde a torcida azul esteve mais inflamada, como se estivesse em um terremoto, dando um ar noventista ao confronto, junto das duas camisas, que protagonizaram confrontos históricos décadas atrás.
Mas o grande número de “hinchas” do Racing também criou um clima especial no lado argentino, que conseguia fazer um barulho ensurdecedor quando cantava em uníssono.
VAR salva Cruzeiro aos dois minutos
O torcedor cruzeirense passou por um grande susto logo no terceiro minuto de partida. Após jogada confusa, a bola sobrou para Martirena pela direita. O ala bateu firme e marcou, mas, após revisão do VAR, foi marcado o impedimento de um jogador argentino na origem da jogada.
Aos 14, não teve VAR que salvasse a Raposa
O Cruzeiro dava chances ao azar e logo depois, aos 15 minutos, o Racing, enfim, balançou a rede de forma incontestável.
Martirena ficou com a bola pela direita e tentou cruzar, mas a bola viajou em direção ao gol, encobrindo Cássio, que adiantado não conseguiu pegar. Gol argentino e 1 a 0 no placar.
Cinco minutos depois, o time argentino ampliou
O Racing jogava como queria e aos 19 foi a vez de Adrian Martínez marcar. Após lançamento pela esquerda, Salas saiu no mano a mano com João Marcelo e cruzou com perfeição para Martínez completar, livre, nas costas de Villalba, para o fundo da rede de Cássio. Racing dois, Cruzeiro zero.
Aos 29 minutos, com apenas uma boa chance criada, em cruzamento de Matheus Pereira que Kaio Jorge finalizou mal, Fernando Diniz decidiu mexer no Cruzeiro, sacando Walace, mal no jogo, e colocando Lucas Silva, que chegou a ser cotado para ser titular. O camisa 20 saiu chateado, direto para o vestiário.
Kaio Jorge dá esperanças ao Cruzeiro no segundo tempo
Se o primeiro tempo do Cruzeiro foi desanimador, o segundo trouxe consigo a esperança. Logo aos sete minutos, Matheus Pereira entregou a bola para Matheus Henrique e o camisa 97 fez bonita jogada individual e cruzou para Kaio Jorge.
O camisa 19 cabeceou para a defesa de Arias, mas no rebote, ele mesmo marcou, diminuindo o placar para 2 a 1.
O gol sofrido em um jogo que parecia controlado desestabilizou o Racing que passou a tentar segurar o resultado, com cera e se fechando atrás. O Cruzeiro, por sua vez, buscava o gol e teve algumas oportunidades, mas nada muito claro.
Racing fecha o placar no último lance
No fim do jogo, ataques “lá e cá”, um gol perdido de forma inacreditável por Salas e ainda houve tempo para Roger Martínez fechar o placar em contra-ataque: 3 a 1 para o Racing. Argentinos campeões.