Sul-Americana

Arbitragem ruim frustra Fortaleza de outra noite sul-americana memorável

Empate em 1 a 1 com Rosario Central deixa tudo aberto, mas Leão poderia ter saído com a vitória se não fosse o árbitro

Nesta Copa Sul-Americana, o Fortaleza já fez um histórico 4 a 2 no colosso Boca Juniors, firmando sua mudança de patamar no cenário local e sul-americano. E, nesta quarta-feira (14), ficou a detalhes de ter outra noite continental memorável no Gigante de Arroyito no duelo contra o Rosario Central.

O confronto de ida das oitavas de final ficou absolutamente condicionado pela arbitragem do venezuelano Alexis Herrera. O juiz e sua equipe, incluindo o VAR, ignoraram um empurrão claro de Carlos Quintana em Pedro Augusto na jogada do gol de Agustín Sández, em escanteio, aos 5 minutos do 1º tempo.

O tento igualou o placar, aberto no primeiro minuto em uma falta espetacular de Marinho que tomou o rumo das redes — infelizmente, o atacante sentiu uma lesão muscular na comemoração.

Além do impacto direto no resultado, Herrera deixou os jogadores dos Canallas fazerem um rodízio de fortes faltas nos atletas brasileiros.

Após uma etapa inicial de bom nível, o jogo teve uma queda nos 45 minutos finais — apesar da pressão dos argentinos no fim — e o 1 a 1, de toda forma um ótimo resultado ao Leão, foi o placar final.

A volta, no Castelão lotado, será na próxima quarta-feira (21). Quem avançar, enfrenta Red Bull Bragantino ou Corinthians, que tem vantagem de um gol e joga em casa o último jogo.

O empate de hoje também manteve ao Fortaleza a invencibilidade de nove partidas na temporada, com sete vitórias e duas igualdades. Vice-líder do Campeonato Brasileiro, a equipe de Juan Pablo Vojvoda enfrenta justamente o Bragantino, neste sábado (17)

Rosario Central e Fortaleza fazem bom 1º tempo

O gol cedo para os brasileiros parece ter ido impacto zero aos mandantes. Após o empate, o Rosario Central se aproximou várias vezes da virada.

Maximiliano Lovera tentou em batida cruzada e Enzo Copetti quase fez em cabeçada que teve desvio (João Ricardo salvou) e depois mandou outra por cima do gol. O goleiro do Laion também pegou uma falta de longe de Campaz.

Essa quantidade de oportunidades dos argentinos não significou que o time de Vojvoda sofreu por todo o tempo. Por pelo menos meia hora, a partida foi bem equilibrada, com posse de bola bem dividida e breves momentos de controle para ambos os lados.

O Fortaleza também chegou perto de retomar a vantagem com Pedro Augusto, que mandou uma bomba de fora da área e viu a bola explodir no travessão após leve desvio na marcação.

Na parte final, o Leão apostou em um jogo mais vertical, sem tanta calma, enquanto os Canallas não conseguiram fazer da posse uma forma de incomodar João Ricardo.

Goleiros só assistem à queda física dos atletas nos 45 minutos finais

O Fortaleza voltou mais ligado no início da etapa final, mas o jogo não manteve o mesmo nível. As chances, outrora tão comuns, se tornaram raras para ambos os lados.

As alterações não mudaram a realidade da partida, que seguiu mais física e pouco técnica no fim. Inteligente, em certo momento do jogo o time cearense entendeu que o empate era o melhor resultado para levar ao Ceará.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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