Fortaleza dá show no primeiro tempo e volta com uma baita vitória sobre o América
Fortaleza teve uma postura dominante nos 45 minutos iniciais no Independência e parece encaminhar a vaga nas semifinais
O Fortaleza faz uma campanha na Copa Sul-Americana que o coloca entre os candidatos ao título. A qualidade do jogo apresentado pela equipe de Juan Pablo Vojvoda é inegável. E o Leão do Pici teve uma atuação de gala na ida das quartas de final, na visita ao América Mineiro. Foi um show dos tricolores durante o primeiro tempo no Estádio Independência. Os cearenses mandaram nos 45 minutos iniciais e anotaram três gols. O Coelho tentou responder na segunda etapa, com uma partida mais equilibrada, e até conseguiu descontar. Entretanto, o triunfo por 3 a 1 aproxima bastante o Fortaleza das semifinais, com um resultado confortável para o reencontro no Castelão.
O recital do Fortaleza
O Fortaleza adotou uma postura agressiva no Independência. Caio Alexandre e Guilherme tiveram as primeiras chegadas do Leão do Pici. Os tricolores trabalhavam com mais qualidade e botavam o América Mineiro sob controle pelo bom encaixe de sua marcação. No máximo, o Coelho tentou alguns cruzamentos de início. E com a imposição do Fortaleza, a vantagem se abriu ao natural durante os 15 minutos. Num lance pela direita, Tinga fez o cruzamento e a bola atravessou a área mineira. Guilherme, com muito espaço, mergulhou para a cabeçada fatal.
O gol deu ainda mais confiança para o Fortaleza, que explorava os lados do campo e não diminuía a pressão. Uma recuperação de bola no campo de ataque permitiu o segundo tento logo aos 20 minutos. Diante do erro da defesa, Matheus Cavichioli saiu da área e Juan Martín Lucero aproveitou o momento. O atacante fez o giro pela esquerda e cruzou para Tomás Pochettino, na entrada da área. Dominou e bateu com segurança, sem que Cavichioli pudesse fazer qualquer coisa, enquanto voltava no desespero.
O América tinha dificuldades para conseguir responder. O Fortaleza continuava com o controle ofensivo e o Coelho só balançou as redes num lance isolado aos 30. Nem assim conseguiu ser feliz, com o impedimento na jogada em que Paulinho Boia mandou para dentro. Só que o gol anulado não mudou muito o cenário. Pelo contrário, o Leão do Pici continuou mais forte. Marinho estava bem no jogo e deu um aviso com um chute cruzado que passou ao lado da trave. A peripécia do meia seria numa assistência aos 40, com uma enfiada sensacional em que nem olhou para frente. A bola passou numa fresta na defesa do Coelho e encontrou Guilherme, pronto para anotar mais um.
América equilibra, mas nada suficiente
O América Mineiro precisava de mudanças, depois de mal ameaçar a meta de João Ricardo no primeiro tempo. Lucas Kal entrou em busca de uma resposta. O Coelho deu seu primeiro aviso aos dez, numa cobrança de falta de Emmanuel Martínez. João Ricardo foi buscar no ângulo. Os mineiros ficavam mais presentes no ataque. O Leão do Pici se resguardava um pouco mais, sem exercer a mesma pressão, e tentava gastar o tempo.
Outras mudanças no América Mineiro vieram aos 15, com Mastriani e Felipe Azevedo. Seria uma troca providencial, especialmente pela participação de Mastriani no gol que dava esperanças ao Coelho, aos 23. O atacante girou bem na área e bateu rasteiro, no canto de João Ricardo. Pouco antes, Romarinho e Thiago Galhardo tinham entrado no Fortaleza. Marlon e Rodrigo Varanda eram outras novidades entre os mineiros, que se empenhavam em busca de mais um gol.
O América Mineiro se mantinha mais aceso e subia a pressão na marcação. O Fortaleza encontrava mais dificuldades para construir seu jogo, o que provocou as entradas de Pedro Augusto e Yago Pikachu. O Leão do Pici, ainda assim, poderia fazer o quarto aos 36. Num grande passe de letra de Galhardo, Pikachu cruzou e Zé Welison bateu prensado para fora. A reta final ficou mais viva, entre um América que não desistia e um Fortaleza revigorado pelas trocas. Era um jogo ainda disputado. Felipe Azevedo teve a chance do segundo pelo América e bateu para defesa de João Ricardo. Pikachu desperdiçou uma oportunidade ainda mais flagrante que poderia fechar a noite em goleada para os visitantes.
O Fortaleza precisa fazer o simples no reencontro dentro do Castelão. E, diante da calorosa torcida do Leão do Pici, fica difícil de imaginar uma reviravolta. O time de Vojvoda é superior e provou isso da melhor forma dentro do Independência. Já o América Mineiro, ainda que registre resultados imensos em sua recente trajetória continental, sabe que a missão será dura no Ceará. O Coelho dependerá de um milagre.