Sul-Americana

América e Bragantino fizeram um jogo de alternâncias, em que prevaleceu o empate

O América teve um primeiro tempo superior e tomou o gol, enquanto o Braga cresceu na segunda etapa e cedeu o empate

A Copa Sul-Americana guardou um duelo brasileiro logo para as oitavas de final. Por aquilo que fez na fase de grupos, o Red Bull Bragantino se colocou entre os favoritos no torneio. Porém, o América Mineiro vive um ótimo ano nos mata-matas e vinha motivado, após pulverizar o Colo-Colo na fase anterior. Na ida, prevaleceu a igualdade no Estádio Independência. O Braga abriu o placar e teve mais tempo no controle da partida, mas o Coelho conseguiu reagir no segundo tempo. O empate por 1 a 1 deixa o cenário aberto para o reencontro na próxima semana.

O América Mineiro vinha com destaques de sua boa campanha na Sul-Americana e que também brilharam na Copa do Brasil, como Mateus Pasinato, Matheusinho e Juninho. Já no Red Bull Bragantino, o brilho ficava especialmente a Eduardo Sasha, Juninho Capixaba e Lucas Evangelista, entre os principais nomes do time na campanha continental. O time de Pedro Caixinha vinha como favorito pela temporada superior, mas as oscilações recentes também não davam garantias.

América melhor, gol do Braga

O Red Bull Bragantino buscou o campo de ataque nos primeiros instantes. O América adiantou a marcação, mas as primeiras finalizações eram dos oponentes. Matheus Fernandes foi o primeiro a ameaçar, num chute cruzado que o goleiro Mateus Pasinato desviou com a ponta dos dedos, embora a arbitragem tenha marcado tiro de meta. Depois, seria a vez de Léo Ortiz tentar de cabeça e parar em Pasinato. O começo agressivo do Braga durou cerca de 15 minutos, até que o Coelho respondesse e tomasse as rédeas.

O América tinha bom posicionamento na marcação e passou a avançar em velocidade. Matheusinho deu o cartão de visitas, com uma sequência de finalizações perigosas, enquanto Breno também tirou tinta da trave. Era uma boa partida, com alternâncias. Depois de um momento mais contido, o Bragantino respondeu a partir dos 30. Matheus Fernandes mais uma vez tentou, sem direção. Já o gol saiu aos 40 minutos. Numa boa trama pela esquerda, Lucas Evangelista abriu com Luan Cândido e o cruzamento foi desviado por Éder, de carrinho, contra as próprias redes. A sorte estava ao lado dos paulistas.

Braga melhor, gol do América

O América Mineiro voltou para o segundo tempo com Pedrinho e Rodrigo Varanda no time, saindo Matheusinho e Renato Marques. O segundo tempo começou mais pegado, mas com amplo domínio do Red Bull Bragantino. O Massa Bruta gerava a bola e tinha a situação a seu favor. Lucas Evangelista teve uma boa chance aos 12, em tiro que passou perto da meta. O Coelho demorou a se acertar, mesmo acionando também Mastriani e Emmanuel Martínez na sequência. A partida parecia sob controle do Braga.

Apesar do volume de jogo, o Red Bull Bragantino não criava tantas chances claras. Os lances mais perigosos vieram em chutes de fora da área, com Bruninho e Sorriso. Nas cordas, o América Mineiro dependeu de um só lance para mudar as perspectivas da partida e arrancar o empate. Numa cobrança curta de escanteio, a bola foi levantada na área e Mastriani desviou para as redes, deixando tudo igual. A partir de então, o duelo voltaria a ficar mais igualado.

Os 15 minutos finais no Independência tiveram uma partida travada no meio-campo. Os dois times ainda tiveram seus avanços para buscar a vitória, mas os desfechos das jogadas não saíram com qualidade. O Bragantino ainda foi um pouco melhor nos acréscimos, sem resultados nos cruzamentos. Ficará tudo para ser resolvido na volta, que acontecerá na NeoQuímica Arena, diante da falta de um estádio com estrutura mínima em Bragança Paulista.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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