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Na pior partida do ano, Grêmio esqueceu de ser Grêmio e foi derrotado pelo Libertad

A noite seria de festa na Arena do Grêmio. Era a estreia do Tricolor em casa na Libertadores, depois do empate em 1 a 1 na Argentina com o Rosario Central. Além disso, poderia ser a estreia do mais novo reforço gremista: o atacante Diego Tardelli, desejado por outros grandes clubes brasileiros, mas que acabou desembarcando em Porto Alegre. Mas o jogo com o Libertad foi provavelmente a pior apresentação do time de Renato Gaúcho na temporada, não conseguindo criar oportunidades de marcar e sofreu com os contra ataques paraguaios. Um deles, acabou definindo a vitória por 1 a 0 a favor do Libertad.

O time paraguaio, apesar de estar em boa fase dentro de campo, viveu momento turbulento antes desta partida. O técnico colombiano Leonel Álvarez foi demitido do clube após vencer a Universidad Católica por 4 a 1 na abertura da fase de grupos do torneio continental. A rescisão contratual, de forma abrupta, depois de uma goleada, criou uma série de especulações e boatos na imprensa local de que Álvarez teria sido mandado embora por ter se envolvido com a esposa de alguns de seus comandados. Para seu lugar, o ex-defensor argentino José Chamot assumiu o comando da equipe e jogou com força máxima.

O Grêmio, com apenas dois gols sofridos desde o início da temporada até então, teve colocada à prova sua solidez defensiva. Nos primeiros instantes aceitou a marcação alta do Libertad, que chegou com grande perigo aos cinco minutos. Cortez foi desarmado por Nery Bareiro, que cruzou para a área, e Óscar Cardozo perdeu a oportunidade. Sem conseguir colocar velocidade nas ações ofensivas, o Grêmio se mostrou bastante vulnerável nos contra ataques. O Libertad se defendia com uma linha de cinco e uma segunda linha com apenas três jogadores, dando liberdade para Cardozo e Adrián Martinez não contribuírem tanto com a defesa, aproveitando com velocidade as transições para o ataque.

Se o Libertad fazia um jogo menos vistoso, mas bastante coletivo, o Grêmo se limitou ao individualismo dos que tinham mais talento. Marinho mostrou disposição e assustou Martin Silva em chute de perna esquerda de fora da área, especialidade do atacante. Luan também ficou perto de marcar em um chute de média distância, que passou triscando o travessão. Mas faltava ao tricolor quebrar as linhas do rival. Sem conseguir abrir o jogo pelas laterais e lento pelo meio, a equipe de Renato Gaúcho só rondou a grande área paraguaia. No único lance em que o sistema de defesa do Libertad foi desmontado, Everton recebeu em posição de impedimento.

O empate parcial sem gols já tirava a paciência do tricolor, que tentava pressionar. Já nos acréscimos, Cortez recebeu de Maicon dentro da área, tentou o drible e caiu, aparentemente sem ser tocado. O juiz mandou seguir e o Libertad saiu para um último ataque. O artilheiro da libertadores Adrián Martinez cruzou a meia altura pela esquerda para dentro da área e Nery Bareiro completou de primeira, em um lance em que três jogadores do Libertad eram cercados por cinco gremistas, sem efeito. Renato Gaúcho nem esperou o apito do árbitro e disparou para o vestiário.

Insatisfeito com o que viu na primeira etapa, Renato tirou Felipe Vizeu, que pouco fez, e colocou André, atacante questionado pela torcida, mas que tem muita confiança do treinador. Sem uma resposta rápida da equipe no segundo tempo, o Grêmio fez nova alteração já aos 15 minutos. O capitão Maicon, já amarelado, saiu para a entrada do jovem Jean Pyerre, na intenção de jogar a equipe ainda mais para o ataque. Mas poucos minutos depois, Marinho, que vinha sendo o nome mais destacado até aquele momento vinha sentindo a panturrilha e não aguentou, dando lugar para a estreia de Diego Tardelli.

A bola ficou com o Grêmio, mas a vantagem era do Libertad, que recuou e procurou apenas administrar o resultado parcial. O tricolor jogou os minutos finais de forma atabalhoada, ansiosa. O mais próximo que chegou de vencer Martin Silva foi em cobrança de falta de Jean Pyerre, que passou à esquerda do gol paraguaio, ficando a centímetros de fazer o gol, assim como a promessa da base gremista já havia feito em Rosario. Ficou no quase. E o quase não era o suficiente.

Perder o primeiro jogo em casa, obviamente, não estava nos planos. Mas foi apenas a primeira derrota da temporada e dá a Renato Gaúcho, ainda a tempo, um alerta de que as coisas não estão perfeitas no lado azul de Porto Alegre como se supunha. O Grêmio tem, talvez, o melhor futebol do país, mas deixou por 90 minutos de fazê-lo. E com o Libertad abrindo vantagem na liderança do Grupo H, será preciso voltar a jogar o futebol marcante que caracterizou o tricolor nos últimos tempos.

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