Libertadores

São Paulo mostra contra o Botafogo por que tem a melhor defesa da Libertadores

Tricolor segura 0 a 0 com o Botafogo no Nilton Santos no duelo de ida das quartas de final

Mais do que nunca, o São Paulo precisou mostrar por que tem a melhor defesa da Libertadores na noite desta quarta-feira (18).

O Tricolor entrou em campo no Nilton Santos obstinado a se defender com unhas e dentes para levar a decisão da vaga à semifinal para o MorumBIS. E conseguiu.

O São Paulo amarrou o Botafogo do melhor ataque da competição para arrancar o 0 a 0 no duelo de ida das quartas de final.

O objetivo era justamente esse: deixar tudo aberto para o jogo da volta, na próxima quarta-feira (25), às 21h30 (horário de Brasília).

Mas o Tricolor fez mais do que isso. Deu também uma amostra de que está disposto a sofrer e abrir mão de identidade para competir. E — quem sabe — chegar ao tetracampeonato da América.

Melhores defesas da Libertadores

  • São Paulo: 3 gols (9 jogos)
  • River Plate: 5 gols (9 jogos)
  • Flamengo: 5 gols (8 jogos)
  • Atlético-MG: 8 gols (9 jogos)
  • Fluminense: 8 gols (9 jogos)
Alan Franco, em ação contra o Botafogo
Alan Franco, em ação contra o Botafogo (IconSport)

São Paulo mal toca na bola no primeiro tempo

Luis Zubeldía optou por sacar Luciano para escalar o garoto William Gomes como titular. E — acredite — esta não foi a principal mudança feita pelo treinador para a decisão.

O argentino armou o São Paulo com três zagueiros no gramado sintético e veloz do Nilton Santos. Sabino entrou no lugar de Wellingto Rato.

A estratégia era clara: congestionar o sistema defensivo e tirar a profundidade do ataque do Botafogo, de muita velocidade e agressividade nas transições.

O Tricolor queria sair do Rio de Janeiro com um empate para decidir a vaga no MorumBIS. Só não precisava sofrer tanto assim para segurar o zero no placar.

A verdade é que o São Paulo mal tocou na bola no primeiro tempo — que dirá passar do meio-campo.

Com Lucas Moura apagado e Calleri isolado no ataque, o Tricolor se limitou a defender com unhas e dentes. Funcionou, com doses cavalares de sofrimento.

O Botafogo teve 65% de posse de bola e empilhou 11 finalizações na primeira etapa. Chegou a acertar o travessão com Savarino. Mas não criou chance claríssima de gol.

LIBERTADORES CUP 2024, BOTAFOGO x SAO PAULO
Alan Franco marca o Alex Telles em Botafogo x São Paulo (Foto: Icon sport)

Defesa do São Paulo contra o Botafogo

  • Rafael – 6 defesas
  • Sabino – 14 ações defensivas
  • Arboleda – 14 ações defensivas
  • Alan Franco – 11 ações defensivas

Zubeldía melhora o time e quase sai com a vitória

Após muito sofrer e se defender, Zubeldía desmanchou o sistema com três zagueiros aos 13 do segundo tempo.

Wellington Rato entrou na vaga de Rafinha, e Alan Franco foi deslocado à lateral direita. Depois, Ferraresi foi a campo para fazer esta função. Luciano e Michel Araújo ainda substituíram Lucas e William Gomes.

E as trocas feitas pelo treinador melhoraram a equipe — a ponto de deixar o Tricolor perto da vitória no Nilton Santos.

O São Paulo até não teve lá muito mais posse de bola. Mas conseguiu levar perigo ao Botafogo em duas oportunidades.

Na mais clara delas, Calleri fez algo raro: perdeu um gol na cara de John após cruzamento de Michel Araújo.

A vitória não veio, mas o São Paulo conseguiu o que queria. Saiu vivo do Nilton Santos.

Calleri perdeu chance na cara do gol contra o Botafogo
Calleri perdeu chance na cara do gol contra o Botafogo (Foto: IconSport)

Próximos jogos do São Paulo:

  • São Paulo x Internacional — Brasileirão — domingo (22 de setembro), às 18h30 (horário de Brasília);
  • São Paulo x Botafogo — Libertadores — quarta-feira (25 de setembro), às 21h30 (horário de Brasília);
  • São Paulo x Corinthians — Brasileirão — domingo (29 de setembro), às 16h00 (horário de Brasília).

Onde assistir ao vivo aos jogos do São Paulo?

Trivela tem uma sessão dedicada exclusivamente às transmissões ao vivo de jogos do São Paulo. Você pode acessar essa página clicando aqui. 

Foto de Eduardo Deconto

Eduardo DecontoSetorista

Jornalista pela PUCRS, é setorista de Seleção e do São Paulo na Trivela desde 2023. Antes disso, trabalhou por uma década no Grupo RBS. Foi repórter do ge.globo por seis anos e do Esporte da RBS TV, por dois. Não acredite no hype.
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