Palmeiras de 2025 vence muito por ser quase sempre melhor em dois pontos fundamentais
Alviverde bate o Cerro em Assunção e se classifica para as oitavas de final da Libertadores

A vitória sobre o Cerro Porteño, por 2 a 0, nesta quarta-feira (7), garante o Palmeiras mais uma vez nas oitavas de final da Copa Libertadores.
Em um jogo muito longe do brilhante, o Palmeiras mais uma vez sobrou naquelas que vêm sendo suas principais marcas no ano: a inteligência e o senso de oportunidade — para defender e atacar.
Depois de um Campeonato Paulista irregular, o Palmeiras atingiu um nível de leitura dos momentos do jogo com a bola rolando como nenhum dos rivais que enfrentou até o momento.
O time controla não apenas o seu ímpeto, mas vem conseguindo também administrar as chegadas do adversário para sofrer muito pouco. E deixa passar poucas oportunidades. Foi assim contra o Cerro, que foi melhor em boa parte do jogo em Assunção.
Mas já tinha sido contra o Bolívar, Vasco, Ceará e Fortaleza. O Palmeiras não se importa em deixar o adversário trabalhar mais a bola e até produzir mais em dados momentos. Porque confia na sua estratégia e na capacidade de encontrar momentos-chave para matar o jogo.
Como o encontrado por Lucas Evangelista, aos 41 do 1º. A rapidez com que o volante, que nem vinha bem no jogo, bateu a falta para o chute de Estêvão, que se tornaria um golaço, foi admirável.
🪄💣 Canhota mágica de Estêvão na vitória do @Palmeiras! #AMagiaAcontece @CocaCola_Br #GloriaEterna pic.twitter.com/SFBEhF7XKQ
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Esse tipo de lance não é aleatório. Faz parte do pensamento de uma equipe que entende não ser permitido perder brechas. Como foi nas roubadas de bola contra o Vasco e o Bolívar. E até na bicicleta salvadora de Giay contra o Gigante da Colina. A leitura do lance foi impecável.
E quase foi também no semi-imperdoável gol perdido por Vitor Roque, aos 45 — o perdão só vem pelo que ele fez mais tarde. O camisa 9 perdeu o gol. Mas a roubada de bola transbordou inteligência e senso de oportunidade.
Esse é o tipo de lance que pode complicar um jogo. Mas não foi o caso. Porque o Palmeiras soube domar o rival até os 49 da etapa final, quando Vitor Roque se redimiu e fez um golaço, arrancando da intermediária, passando por três rivais e se livrando até do goleiro.
— Vida de atacante é assim. Às vezes, vou perder o mais fácil e fazer o mais difícil — disse o centroavante, ao fim do jogo.
Mas não precisa ser, porque brechas às vezes custam a aparecer. E se tem alguém que sabe isso muito bem, é esse Palmeiras de 2025.
🐯⚽️ Tigrinho da América! Soltou da carta!
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