Vitor Roque que abra o olho: Flaco carregou o Palmeiras nas costas na Bolívia
Argentino brilhou e foi o maior responsável pela vitória do Palmeiras na altitude de La Paz contra o Bolívar

Flaco López é argentino de Lanús, na Grande Buenos Aires. Mas alguém sem essa informação, que ligasse a TV nesta quinta (24), para ver o Palmeiras enfrentar o Bolívar pela Libertadores, facilmente acreditaria estar diante de um nativo.
No seu melhor jogo com a camisa do Palmeiras — mesmo ele tendo feito três gols na semi do Paulista de 2024, contra Ponte Preta — o camisa 42 foi nada menos que fundamental na construção da histórica vitória por 3 a 2.
O triunfo brilhante foi apenas a quarta de um clube brasileiro na altitude da capital boliviana. A segunda do Palmeiras.
Apesar de não ter parecido, Flaco jurou ter sentido os efeitos da altitude, ao fim do jogo. O atacante chegou a sete gols na temporada e assumiu a liderança da artilharia, ao lado de Estêvão.
Indagado se esse teria sido seu melhor jogo pelo Palmeiras, ele desconversou:
— Acho que não — cravou.
— Se você for ver, todos os meus jogos no ano foram bons.
Ao que parece, ter ido para o banco de reservas, após a chegada de Vitor Roque — a contratação mais cara de um time brasileiro — fez bem ao argentino. O que não deve ser surpresa para Abel Ferreira, que sempre entendeu que provocá-lo e tornar sua vida desconfortável era o melhor combustível.
— Contra a estatística, não há como lutar — disse ele.
E é justamente a estatística que joga a favor do argentino. Enquanto o jogador trazido do Barcelona segue sem balançar a rede, Flaco vai acumulando bolas na rede.
Palmeiras foi inteligente demais

Com menos de 30% de posse de bola, o Palmeiras foi muito inteligente. Jogou no erro do time da casa, marcou no alto e foi quase impecável na finalização.
Flaco abriu o placar, roubando a bola do zagueiro Quinteros, aos 19 do 1º tempo. Depois, após mais um bote seu, aos 45, armou o contra-ataque que terminou com uma triangulação e a assistência de Facundo para Estêvão fazer o segundo.
O 2 a 0, que poderia ter decidido o jogo, evaporou rapidamente diante do ar rarefeito e das bolas cruzadas na área pelos bolivianos. O brasileiro Fábio Gomes, ex-Vasco e Atlético-MG, empatou o jogo com duas cabeçadas.
Mas, quando o jogo parecia ter ido pro brejo, com o Palmeiras claramente pregado e com falta de ar, brilhou, de novo, a estrela do centroavante. Com uma meia-lua dentro da área, ele puxou para o pé direito e cruzou com perfeição para Facundo Torres.
O uruguaio, que já tinha perdido duas chances, embora jogasse bem, chutou mal. Mas, no rebote, Maurício fez o terceiro, aos 30, e garantiu a sétima vitória seguida do time e a manutenção dos 100% de aproveitamento do Palmeiras na Libertadores