Libertadores

Palmeiras: discursos indicam clima interno e visão de Abel antes de decisão

Internamente, Palmeiras deixa claro que aposta será em cabeça fria e força da torcida para que a elogiada parte tática faça a diferença

Três jogadores deram depoimentos para a equipe de comunicação do Palmeiras ao longo da semana: Fabinho, Piquerez e Gustavo Gómez.

Tais depoimentos, transformados em notas no formato jornalístico, foram publicadas no site oficial do clube. Que, juntas, dão pistas sobre qual o pensamento de Abel Ferreira e do grupo para o jogo de amanhã (5), contra o Boca Juniors, pela Copa Libertadores.

É claro que o departamento de comunicação do clube extrai dos jogadores o que julga favorável ao clube. Mas as próprias escolhas do que perguntar demonstram qual o pensamento interno no Palmeiras sobre o que aconteceu na Argentina e o que deve ser feito no Allianz Parque.

E como quem comanda o futebol é o técnico Abel Ferreira, em última instância, está no depoimento dos jogadores a ideia da qual ele quer que todos tenham pensando no desafio pela Copa Libertadores.

Boa atuação tática e bom resultado

A primeira conclusão é a valorização do resultado. Está claro que o Palmeiras entende em consenso que o 0 a 0 da Argentina foi bom. O que é uma conclusão lógica levando-se em conta que o Palmeiras decide a vaga em casa.

Já a atuação do time foi vista com ressalvas. Piquerez, por exemplo, avalia que o Palmeiras não esteve tão bem assim.

“Sem dúvida que o jogo de ida não foi nossa melhor apresentação, mas foi um bom resultado. É um campo difícil, uma torcida pesada”, disse o uruguaio.

Fabinho já entende que o Palmeiras fez um jogo bom, mas viu problemas na parte ofensiva da equipe.

“Fizemos um bom jogo, estamos nos preparando bastante para aproveitar as oportunidades. Infelizmente a vitória não veio, pecamos em finalizações, mas vamos continuar trabalhando forte para as próximas oportunidades”, disse o volante.

Dos três que falaram, dois são defensores e Fabinho é um volante, um meia de marcação. O que, se não foi acaso, veio bem a calhar, dado que o setor defensivo foi o que melhor funcionou na Argentina, como disse Gustavo Gómez:

“Como no jogo lá, sabemos que vai ser difícil, mas, taticamente e defensivamente, fizemos um bom jogo e tivemos nossas chances também”, cravou o capitão.

Cabeça fria

Uma das teclas em que Abel sempre bate, a ponto de ter virado seu mantra, a parte mental foi vista por todos como fundamental para amanhã.

“Mentalmente, somos um grupo forte, será um jogo de altíssimo nível e estamos preparados. Já passamos por muitos jogos desse nível, é mais um que temos de entrar 100% ligados, focados”, disse Piquerez.

“Encerramos nossa preparação hoje aqui e amanhã, na nossa casa, temos de entrar focados, fortes. Teremos nossas chances e temos de ter a mente tranquila para finalizar bem e fazermos nosso trabalho da melhor maneira”, afirmou Gómez.

Apoio da torcida

Além de entender que o 0 a 0 foi um bom resultado, os jogadores também são unânimes quando colocam a importância da torcida – outro ponto sempre enfatizado por Abel Ferreira.

“Com a ajuda de nossa torcida, vamos fazer um grande resultado para buscar a classificação para a final”, disse Piquerez.

“É um combustível a mais, o apoio da torcida, que canta e apoia no Allianz Parque. Dentro do jogo, o jogador sente isso. Temos de saber usar a nosso favor. Esperamos que eles nos apoiem como vêm fazendo sempre, os 90 minutos, para alcançarmos juntos mais um objetivo”, completou.

“Na quinta-feira, contamos muito com a ajuda da torcida. Os torcedores serão essenciais para buscarmos a classificação. Estamos muito preparados e confiantes para dar tudo certo nesse jogo”, disse Fabinho.

“Com certeza, ajuda muito. O Palmeiras se impõe muito quando joga em casa, a torcida faz um trabalho fenomenal. Nos ajuda muito para podermos pressionar o adversário, é fundamental. Contamos com a ajuda deles também. Todos juntos, podemos fazer história mais uma vez”, finalizou o capitão Gustavo Gómez.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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