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O roteiro parecia estar se repetindo no Beira-Rio, mas Nacional conseguiu arrancar o empate contra o Inter

O Colorado novamente contou com o banco para buscar um gol importante no fim, mas desta vez levou o empate nos acréscimos

Nas duas primeiras rodadas da fase de grupos da Libertadores, o Internacional contou com seu banco de reservas para buscar resultados emocionantes nos minutos finais e parecia que o mesmo aconteceria nesta quarta-feira no Beira-Rio. Carlos de Pena fez 2 a 1 para o Colorado, aos 38 minutos do segundo tempo. No entanto, o Nacional, frequentemente perigoso ao longo da partida, conseguiu buscar o empate por 2 a 2 nos acréscimos, para frustrar o Beira-Rio.

Lucca está se firmando como um talismã de Mano Menezes. Ele saiu do banco para fazer uma grande jogada de raça antes do gol de empate contra o Independiente Medellín, na estreia, e depois deu assistência no único tento da vitória por 1 a 0 sobre o Metropolitanos. Desta vez, também foi dele o passe decisivo para De Pena marcar, mas o Inter não conseguiu segurar o resultado e ficou com cinco pontos, dois atrás dos uruguaios. O Medellín, com um, pode encostar porque recebe os venezuelanos ainda nesta quarta-feira.

Mano não fez mudanças em sua defesa, mas testou algumas coisas do meio para frente. Campanharo jogou ao lado de Carlos de Pena, com Maurício pela direita formando a linha ofensiva com Alan Patrick e Wanderson, e Alexandre Alemão no comando de ataque. E, principalmente em comparação com as duas primeiras rodadas fase de grupos, o Colorado foi muito melhor no setor ofensivo, em um primeiro momento, e amassou o Nacional durante meia hora.

Sempre ajuda fazer um gol cedo. Aos 10 minutos, Wanderson cobrou escanteio para o meio da área, e Gabriel Mercado desviou de cabeça para dar um pouco de tranquilidade à torcida no Beira-Rio. O Nacional demorou para se encontrar, e os donos da casa tiveram chances de ampliar. Vitão deu um ótimo passe para Maurício, que se projetou pela direita e bateu no canto mais próximo, Sergio Rochet espalmou para escanteio.

Alexandre Alemão arriscou de longe, para outra defesa do goleiro uruguaio. A melhor oportunidade foi criada por lindo toque de calcanhar de Alemão para acionar Wanderson, que chegou pela esquerda, sem marcação, de frente para o gol, mas mandou colocado para fora. Alan Patrick teve outra quase tão boa, da marca do pênalti. Pegou meio mal na bola. Sem matar o jogo, o Internacional permitiu que o adversário abrisse as asas.

E quando saiu o gol de empate, o Nacional havia de fato melhorado um pouquinho. Após boa tabela pela esquerda, Diego Zabala fez jogada individual para centralizar, tabelou (provavelmente sem querer) com a canela de Vitão e bateu da entrada da área para empatar. Antes do intervalo, Gastón Pereiro quase virou. Rochet deu o chutão lá de trás, a bola pingou e passou por todo mundo. Pereiro interceptou em cima de Keiller, conseguiu o drible, mas perdeu o controle e não conseguiu finalizar para o gol vazio.

Era de se esperar que o Internacional, cutucado pelo gol de empate, imprimisse o mesmo ritmo no começo da etapa final. Não foi o que aconteceu. A bola voltou a circular com mais lentidão, sem tanta criatividade. Maurício arriscou de fora da área, para defesa de Rochet em dois tempos. Aos sete minutos, um baita susto: Zabala deu o passe, e Ignácio Ramírez venceu Mercado antes de fazer o gol que seria da virada. No entanto, houve falta clara em cima do lateral argentino, e o lance foi anulado.

Demorou para o Internacional melhorar e, novamente, as substituições de Mano Menezes deram resultado. Pedro Henrique, por exemplo, entrou no lugar de Wanderson, aos 19 minutos, e saiu nas costas da defesa para encontrar o passe de Maurício, que desviou nas pernas da defesa. Depois de dividir com Rochet, ficou com a sobra e mandou para dentro. A bola, porém, pegou em seu braço no bate e rebate com o goleiro e esse gol também foi anulado.

O Nacional não chegava com frequência, mas, quando o fazia, era perigoso, como aos 37, quando Franco Fagúndez deu um belo passe pela esquerda nas costas da defesa, e Alfonso Trezza chegou batendo de primeira, na cara de Keiller, por cima do travessão. Mano soltou mais um pacote de alterações quase ao mesmo tempo e foi bem sucedido. Luiz Adriano, que entrou no lugar de Alemão, tocou na esquerda para Lucca, substituto de Maurício. Carlos de Pena pegou o cruzamento rasteiro de primeira e parecia que havia garantido a vitória do Colorado.

Mas não foi o que aconteceu. Fabián Noguera antecipou a frustração dos gaúchos, aos 43 minutos, depois de Keiller sair mal do gol. Ele girou batendo, sem goleiro, por cima do travessão. A bola havia batido em seu braço, o que anularia o empate de qualquer forma. Pouco depois, Vitão calculou mal o salto, e Noguera se jogou para cabecear o cruzamento de Diego Polenta e fechar o segundo empate do Internacional na fase de grupos.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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