O Olimpia até ganhou o clássico, mas o Cerro Porteño tirou os rivais da Libertadores por um gol a mais no saldo

O Grupo G da Copa Libertadores, o único sem clubes brasileiros, teve um grande atrativo com a presença de Cerro Porteño e Olimpia na chave. Seria uma disputa bastante apertada entre os times, decidida nos detalhes. No fim das contas, o Ciclón passou por ter um gol de saldo a mais que os franjeados. As duas equipes empataram por 0 a 0 na primeira rodada e, no fechamento do grupo, os olimpistas precisavam vencer por pelo menos dois gols de diferença para assumir a segunda colocação. A goleada dos cerristas por 4 a 0 no clássico do final de semana pelo Campeonato Paraguaio botava mais pimenta na situação. O troco dos alvinegros até veio, com o triunfo por 1 a 0 na Olla Azulgrana, que acabou nem adiantando à equipe. Os rivais somaram oito pontos, mas o gol a mais no saldo bota o Cerro nas oitavas e o Olimpia apenas na Sul-Americana.

O Olimpia não demorou a conseguir seu gol no clássico. As redes balançaram logo aos 10 minutos, com Fernando Cardozo. Apesar do domínio nos números, os franjeados não aproveitaram o tempo restante e criaram raríssimas chances de ampliar. Já nos acréscimos do segundo tempo, o Rey de Copas correu risco de perder até a vaga na Copa Sul-Americana. O Cerro ganhou um pênalti, mas desperdiçou, com o chute de Claudio Aquino defendido pelo goleiro Gastón Oliveira. Caso os olimpistas sofressem o empate, acabariam ultrapassados pelo Peñarol na tabela e ficariam na última colocação do Grupo G.

O outro duelo da chave terminou com sua dose de confusão. A partida entre Peñarol e Colón, no Estádio Campeón del Siglo, precisou ser paralisada por conta de uma briga nas arquibancadas. Os torcedores entraram em conflito e os dois times tentaram apaziguar a situação. O árbitro Anderson Daronco acabaria dando 30 minutos de acréscimos. Depois disso, o Peñarol venceu por 2 a 1, o que pouco adiantou. O Colón já estava classificado e os aurinegros terminaram na última posição, sem vaga nenhuma.

O Peñarol só tinha chances de se classificar para a Copa Sul-Americana, e dependia de um tropeço do Olimpia no jogo paralelo. Não aconteceu. O Colón abriu o placar com Facundo Farías no primeiro tempo, antes que Pablo Ceppelini empatasse no início da segunda etapa, numa falha do goleiro Leonardo Burián. A confusão se deu na sequência, com argentinos e uruguaios se confrontando. Os barras da casa foram ao setor visitante, em busca de vingança após os embates já ocorridos em Santa Fé. A situação só se resolveu quando a polícia agiu e os torcedores uruguaios foram retirados do local. Durante os 30 minutos de acréscimos, Hernán Menosse deu a virada para os carboneros em outro vacilo de Burián, o que não evitou a eliminação.

O Colón passou na primeira colocação, com 10 pontos. O Cerro Porteño ficou em segundo, com oito. O Olimpia também somou oito, mas teve um gol de saldo a menos que os seus rivais. Já o Peñarol se despediu da Libertadores com sete pontos.