Libertadores

Hulk e Milito citam o que Atlético-MG precisa para vencer Botafogo e conquistar a Libertadores

Capitão e treinador atleticano destacaram alguns pontos que podem fazer a diferença para o Atlético na grande final da Libertadores

O Atlético-MG se prepara para o grande jogo do ano contra o Botafogo neste sábado (30), pela final da Libertadores, em Buenos Aires. O atacante Hulk e o técnico Gabriel Milito deram alguns detalhes do que o time atleticano precisa fazer para levar com o título.

Nas últimas semanas, a dúvida pairou sobre o ar em quem acompanha o Atlético sobre quem será o escolhido como o 11º jogador. A disputa parecia estar entre o lateral Saravia, o volante Otávio e o atacante Deyverson.

A resposta de Milito sobre como o Atlético deve jogar já deu a indicação de que é muito provável que o treinador repita o time que iniciou pela última vez justamente no Monumental, contra o River, com Deyverson no ataque, ao lado de Hulk e Paulinho.

É necessário entender que teremos que jogar como sabemos. Tenho o time (escolhido). Não haverá surpresas. Estamos preparados — disse Milito.

Deyverson brilhou na Libertadores, como sempre
Deyverson brilhou na Libertadores, como sempre (Pedro Souza/Atlético)

A dúvida sobre Deyverson ser ou não titular se instalou porque ficou claro que o Botafogo tem dificuldade de jogar contra times mais fechados, o que aconteceria se Saravia entrasse e fechasse uma linha de cinco atrás, por exemplo.

Milito destacou que o Atlético está preparado tanto para pressionar o Botafogo quanto para recuar o time quando necessário. O que será feito vai depender de vários fatores, como a postura do adversário, o momento do jogo e o resultado.

— O time entende perfeitamente quando pressionar e quando recuar. A linha (de jogo) que seguiremos é a que o time demonstrou em toda a Libertadores — afirmou o argentino

Marcação próxima é aposta de Milito

Ex-zagueiro de alto nível, Gabriel Milito obviamente entende sobre comportamento defensivo. Questionado de como tentar parar o poderoso ataque do Botafogo, ele destacou que uma das alternativas é marcá-los bem próximo, sem deixar espaço para dominarem e agirem.

Além disso, o Atlético precisa de total atenção na transição ofensiva do Botafogo, que é extremamente forte. O Galo já demonstrou ter problemas na sua transição defensiva, e isso pode ser a chave do jogo, mas Milito destacou algo que aprendeu desde pequeno.

— Sou defensor desde pequeno e é um conceito que sempre soube: Quando o time está atacando, não ficamos vendo o ataque, mas sim um possível recebedor rival. Se lhe dermos um segundo ou um metro de vantagem, eles serão muito perigosos — afirmou.

Gabriel Milito em ação pela Seleção Argentina
Gabriel Milito em ação pela Seleção Argentina (IMAGO)

Para Hulk, ‘dar a vida’ em campo é o papel dos jogadores

Durante a coletiva, Hulk repetiu algumas vezes que é um privilégio para ele e seus companheiros terem a oportunidade de disputar essa final da Libertadores. Assim como outros atletas citaram, ele afirmou ser o jogo da vida.

— Momento histórico, especial. Somos privilegiados de chegar em uma decisão tão importante. Temos que desfrutar. A Responsabilidade é muito grande, o desejo de querer ganhar e realizar esse sonho também. Sem dúvida, é o jogo mais importante da minha vida — disse o camisa 7 do Galo

Se o jogo é o mais importante da vida dos jogadores do Atlético, Hulk entende que, se necessário, eles têm que deixar essa vida em campo para saírem com o título.

Se tiver que deixar a vida em campo, vou deixar. Para ganhar, tem que deixar a vida lá dentro, querer mais que os caras. Não tem bola perdida, cansaço. Se superamos tudo isso, temos mais chance de ganhar — afirmou.

A Libertadores é o único dos principais títulos do continente que Hulk ainda não venceu pelo Atlético, e ele fala sobre a obsessão de vencê-la desde que chegou ao clube.

Atlético ‘ficou na Argentina’, e quer reencontrar o futebol

Algo que já tinha sido falado entrelinhas por alguns jogadores anteriormente, foi confirmado por Milito e Hulk na coletiva pré-final: o Atlético não conseguiu deixar de pensar na final da Libertadores depois da classificação contra o River.

— Quando acabou o jogo contra o River, infelizmente, ou felizmente por esse lado (de jogar a final), ficamos aqui (na Argentina), e fizemos uma promessa de levar essa taça pra casa — disse Hulk que antes, quando Milito tocou no assunto, concordou com a cabeça.

Desde a classificação, o Atlético não venceu mais nenhum jogo e chega na decisão com uma sequência de 10 partidas sem vitórias.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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