Libertadores

Os lemas que guiam o Botafogo na busca pela sua primeira Libertadores

Na busca pela história e pela glória eterna, o Botafogo enfrenta o Atlético-MG, no Monumental, para provar que é, sim, tempo de Botafogo

Recentemente, a Conmebol passou a adotar o lema “Glória Eterna” para se referir a Copa Libertadores. Por mais que possa ser um slogan meramente publicitário e comercial, a “glória eterna” é uma boa forma de definir o que está em disputa neste sábado (30), no Monumental, para os jogadores do Botafogo, que enfrentam o Atlético-MG, às 17h (horário de Brasília).

A primeira final de Copa Libertadores do Botafogo também é a primeira oportunidade dos atuais jogadores alvinegros entrarem para a tão tradicional história do Glorioso. É o jogo mais importante da história do clube e de todos os jogadores do time, além do próprio técnico Artur Jorge.

O atual elenco do Botafogo já marcou, de certa forma, o seu nome na trajetória do clube ao levar o Botafogo para a sua primeira final de Libertadores. Mas, como disse o próprio técnico Artur Jorge, “o que fica na história é o nome dos vencedores”. 

Agora, Igor Jesus, Luiz Henrique, Thiago Almada e companhia têm a chance de entrar em uma seleta lista de nomes como Garrincha, Jairzinho, Nilton Santos, Túlio Maravilha, Jéfferson e outros ídolos do Botafogo. Afinal, como disse uma faixa levada pela torcida do Botafogo ao Nilton Santos no último jogo do clube em casa, “a história os espera”.

Para saber — ou, ao menos, ter alguma ideia — do que é ser ídolo do Botafogo, a Trivela conversou com Gonçalves, zagueiro campeão brasileiro com a camisa alvinegra em 1995 e que já tem o seu nome marcado na história do clube.

— Isso (título da Libertadores) é algo que vai ficar marcado na história de todo botafoguense e o impacto que isso vai gerar na carreira dos jogadores do Botafogo é algo é que só nós que já jogamos e conquistamos o título sabemos do que representa. Eles vão ficar marcados na história do clube com certeza. Assim como eu e a minha geração também estamos marcados na história do clube, essa geração também ficará marcada na história do clube – disse Gonçalves à Trivela.

‘Ninguém merece mais do que a gente'

Sem um título de expressão nacional ou internacional desde 1995, o torcedor do Botafogo vem amargando 29 anos de frustrações e decepções, com alguns momentos de euforia, é claro. Em 2023, o clube chegou perto do título do Campeonato Brasileiro, mas também ficou apenas no “quase”.

Agora, depois de quase três décadas de dificuldades, o Botafogo luta pelo título da Copa Libertadores e também tem boas condições de conquistas o Campeonato Brasileiro.

Durante a campanha da Copa Libertadores, se popularizou entra torcida do Botafogo a fase “ninguém merece mais do que a gente”. É difícil falar em “merecimento” no futebol, mas é compreensível o sentimento de que, após tanta desilusão, chegou o momento do torcedor do Botafogo ser feliz.

E o sentimento parece ser compartilhado com o elenco alvinegro. O volante e capitão Marlon Freitas se emocionou ao falar sobre a emoção de chegar na final da Libertadores.

— Sonho. Defino essa final de Libertadores como um sonho. Não só do Marlon, mas do clube, do John, dos jogadores, da comissão. De todos. A gente lutou muito. Acredito que para muitos era muito difícil a gente estar aqui hoje. A palavra que define isso tudo é sonho – disse Marlon Freitas.

— A gente espera, com toda humildade, realizar o sonho desses torcedores. São muitos anos sem ganhar títulos de expressão. Uma responsabilidade muito grande que, enquanto eu tiver aqui, quero ter sempre – reforçou o capitão do Botafogo.

‘É tempo de Botafogo'

Não tem frase que represente mais o sentimento do torcedor do Botafogo neste momento do que a já famosa “é tempo de Botafogo”. O lema surgiu ainda no começo da era SAF, com John Textor falando “it's time do set fire”, uma velha brincadeira com o nome do time, sobre “botar fogo”, mas em inglês.
No meio da atual temporada, a frase voltou a boca do povo quando o atacante Matheus Martins publicou uma foto com a legenda “É tempo de Botafogo”.

A frase virou também virou faixa que foi parar no Nilton Santos, nas ruas de Buenos Aires, e é repetida a todo momento pela torcida alvinegra, que pode viver, neste sábado (30), um “tempo de Botafogo” que pode durar pela eternidade.
Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
Botão Voltar ao topo