Libertadores

O dia do Fluminense que mostra que chegou a hora da final da Libertadores

CT Carlos Castilho tem casa cheia, coletiva de Cano, parte do treino do Fluminense liberado, Nino e Felipe Melo em campo e Marcelo 'tietado' pela imprensa internacional

Segurança reforçada, estacionamento cheio, carros espalhados pela rua e sala de imprensa lotada. Novembro começou com um dia atípico no CT Carlos Castilho, que mostra que chegou a hora da final da Libertadores para o Fluminense.

Grande nome da equipe na competição, com 12 gols em 11 jogos, Germán Cano, falou por cerca de 30 minutos. Por repetidas vezes, falou em desfrutar do momento especial. Caso o Flu seja campeão da Libertadores pela primeira vez, além da Glória Eterna, o atacante muito provavelmente será coroado como Rei da América. Algo que ele nem sonhava.

— É um momento histórico que estou vivendo. Quando cheguei aqui era difícil poder alcançar tudo que construímos juntos. Nós tínhamos muitas dificuldades com muitas coisa. Poder chegar a uma final de Libertadores sendo o artilheiro da competição representa muito. É um time que trabalha, se apoia a cada jogador como a um irmão e é uma família verdadeira. Quando estamos em campo nos matamos e entregamos tudo pelo companheiro. Não sabia que chegaríamos na final, mas pouco a pouco, quando foram passando as rodadas fomos nos preparando. Seria lindo poder conquistar essa taça que todos os torcedores querem e eu também. A gente construiu uma família muito linda no Fluminense.

A palavra sonho foi outra a ser muito repetida pelo atacante argentino que já tem 36 gols em 2023.

— Para mim seria histórico ser campeão da América. É um reconhecimento do trabalho da equipe, seria magnífico e extraordinário por tudo que o Fluminense está fazendo. Para mim representa muita coisa e seria histórico. Trabalhei muito para estar aqui e agora é desfrutar e fazer o que mais gosto.

Com Cano no comando do ataque, o Fluminense disputa a final da Libertadores no sábado (4), às 17h (de Brasília) no Maracanã.

Casa cheia no CT do Fluminense para final da Libertadores

O ambiente estava mesmo diferente. A sala de imprensa estava lotada, e nem todos os jornalistas que estiveram presentes conseguiram fazer perguntas para Germán Cano. A imprensa internacional e mesmo veículos brasileiros que não costumam ir às atividades do clubes estavam por lá.

Se por um lado a Conmebol, por força de regulamento, exige restrições de tempo e espaço, por outro, cedeu também a imprensa uma janela de imagens do treinamento que raramente são liberadas pelo Fluminense. Com isso, foi possível observar atletas que estão liberados após sofrerem com lesões, e outros comportamentos dos jogadores mais importantes do elenco.

Nino e Felipe Melo treinam com bola e jogam final da Libertadores

As possíveis baixas do Fluminense para o confronto estavam na zaga. Recuperados de contusões que sofreram nos últimos dias, os zagueiros Nino e Felipe Melo foram ao campo nos minutos abertos para a imprensa.

A dupla titular tem tudo para jogar a final da Libertadores. Quem mais inspirava cuidado era Nino, que se recuperou antes do tempo e já vinha treinando com o restante do elenco. Já Felipe Melo, que sentiu dores contra o Goiás e foi substituído, teve menos tempo, mas também uma contusão mais simples.

Dentre os titulares, que ficaram no Rio de Janeiro, estava também John Kennedy — de cabelos platinados —, que entrou em campo contra o Atlético-MG após contrair uma virose e sofrer com uma pubalgia. Todos estavam sorrindo durante o aquecimento, com grupos separados em rodas de “bobinho”, como Keno, também com um penteado que chama atenção dos tricolores, de tranças.

Marcelo é ‘tietado' por imprensa internacional no Fluminense

Se Cano é o grande nome do Fluminense na Libertadores, o maior nome para o futebol mundial no elenco é inegavelmente o lateral-esquerdo Marcelo. O jogador levou seu filho, Enzo, de 13 anos, que joga na base do Real Madrid, além do cunhado e empresário Caio Alves e mais dois membros de seu staff.

Assim que a imprensa foi liberada, ele foi tietado por repórteres internacionais que lhe pediam fotos e vídeos. O lateral atendeu e posou com um repórter argentino. Depois, deu longo abraço no massagista Gegê, funcionário mais antigo do departamento de futebol do Fluminense e seu amigo de longa data.

Ao entrar em campo, teve uma breve conversa em particular com o técnico Fernando Diniz e foi recebido no gramado por Marcão, auxiliar permanente que foi seu companheiro no clube. Após mais um longo abraço, começou uma roda de bobinho com jogadores mais jovens. Conversou ao pé do ouvido com John Kennedy e seguiu sua atividade normalmente.

Foto de Caio Blois

Caio BloisSetorista

Jornalista pela UFRJ, pós-graduado em Comunicação pela Universidad de Navarra-ESP e mestre em Gestão do Desporto pela Universidade de Lisboa-POR. Antes da Trivela, passou por O Globo, UOL, O Estado de S. Paulo, GE, ESPN Brasil e TNT Sports.
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