Mano perde xadrez contra Milito, Fluminense joga mal e cai na Libertadores
Técnico argentino leva a melhor e Atlético-MG fica com a vaga; Tricolor reclama da arbitragem em segundo gol
O Fluminense jogou mal, cedeu a virada ao Atlético-MG no confronto de quartas de final e acabou eliminado da Libertadores. Deyverson marcou os dois gols do jogo. Os tricolores ficaram na bronca com o árbitro Wilmar Roldán, que não marcou uma falta em Martinelli na origem da jogada que deu a classificação ao Galo.
A verdade é que independente do erro de arbitragem ter acontecido ou não, o Tricolor pareceu não viajar à Belo Horizonte. À exceção de Fábio, que pegou pênalti de Hulk, e Thiago Silva, o Fluminense não fez por merecer a classificação.
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Milito começa o jogo vencendo xadrez contra Mano
O Atlético-MG mais uma vez começou o jogo com uma linha de três na zaga, o que muda a formatação tática da equipe. E de novo, o argentino Gabriel Milito levava a melhor contra Mano Menezes neste xadrez.
Com Paulinho e Bernard posicionados entre as duas linhas de quatro, a defesa do Fluminense ficava na dúvida entre acompanhá-los. Isso porque Arana, pela esquerda, e Scarpa, pela direita, também atuavam espetados nas pontas.
Fábio para Hulk e salva o Fluminense na marca do pênalti
Não à toa, aos cinco minutos, em uma rápida virada de jogo com cruzamento na diagonal, o Atlético-MG teve a chance de abrir o placar. Guilherme Arana bateu forte e Arias cortou com o braço. Pênalti.
A sorte dos tricolores é que Hulk bateu mal, e Fábio defendeu a cobrança.
Atlético-MG pressiona Fluminense por todo 1º tempo
O primeiro tempo foi praticamente um monólogo. A boa estratégia de Milito para o Atlético-MG somada aos erros de um perdido Fluminense transformaram o jogo em um treino de ataque contra defesa.
Os mineiros pressionaram os tricolores por todo o primeiro tempo. A partida foi praticamente disputada em completo no campo de ataque atleticano. Telê Santana deve ter se decepionado com seu Tricolor.
Isso porque os laterais e os pontas do Flu não conseguiam ler a melhor forma de conter o ataque do Galo.
Na frente, Ganso e Arias pouco combinavam. Kauã Elias ficava isolado. Serna, que poderia ser uma válvula de escape, estava preso à marcação e extenuado para arrancar. Só conseguiu duas vezes.
Enquanto isso, o Atlético-MG empilhou chances. Além do pênalti perdido de Hulk, Battaglia parou na trave aos 30, e Arana e o camisa 7 do Galo não conseguiram acertar o gol aos 19, em bate e rebate na área tricolor.
Estrela de Milito brilha: Deyverson abre placar para o Atlético-MG
Quando Bernard sentiu lesão no fim do primeiro tempo, a torcida do Atlético-MG esperava a entrada de Rubens. Mas Gabriel Milito surpreendeu e aumentou o poder de fogo com Deyverson.
Minutos depois, já no segundo tempo, a estrela do técnico argentino brilhou.
Aos cinco, Scarpa levou a melhor sobre Serna e Samuel Xavier na direita e cruzou na área. Deyverson fugiu da marcação de Thiago Santos, subiu mais que Thiago Silva e abriu o placar.
Era um gol muito merecido. O Atlético-MG tentava a todo custo reverter a vantagem do Fluminense, que por sua vez, só se defendia — e muito mal.
Mano espera gol para mexer e jogo continua igual
Os mais de 4 mil tricolores que esgotaram o setor visitante da Arena MRV viram que o Fluminense não conseguia marcar o ataque do Atlético-MG. Mas Mano Menezes, aparentemente, só viu após o gol de Deyverson.
Logo que a vantagem tricolor se dissolveu, o técnico sacou Serna e Diogo Barbosa, que fizeram péssimo jogo. Em seus lugares, colocou o zagueiro Antônio Carlos e o lateral Marcelo. O Flu, então, fazia uma linha de cinco na defesa. Só que já era tarde demais.
Sem vantagem e com mais defensores que jogadores de ataque, o Tricolor seguiu de mal com a bola. A defesa até sofreu menos, mas não foi tanto assim.
Antônio Carlos falha, Deyverson faz outro e Flu reclama de arbitragem
O jogo parecia caminhar para os pênaltis quando uma jogada mudou tudo. Hulk se esticou todo para manter a bola em campo, que ficou nos pés de Marcelo. O lateral do Fluminense passou a Martinelli, que carregou pelo meio e disputou com Paulinho. A reclamação dos tricolores era de falta no volante.
A jogada seguiu e Hulk recebeu a bola de volta na esquerda após roubada do Galo. O camisa 7, que não jogava bem, cruzou fechado. Aí, Antônio Carlos falhou. O zagueiro escolhido por Mano para reforçar a defesa deixou a bola passar, como se protegesse a saída para a linha de fundo. Mas Deyverson não desistiu. O centroavante apareceu na pequena área, marcou outro e virou o herói da classificação do Atlético-MG.