Rossi vive noite de Diego Alves e garante o Flamengo nas quartas da Libertadores
Goleiro foi o principal responsável pela classificação do Rubro-Negro às quartas de final em La Paz
O Flamengo perdeu para o Bolívar por 1 a 0 na noite desta quinta-feira (22), em jogo válido pelas oitavas de final da Libertadores. Apesar da derrota, com gol do brasileiro Bruno Sávio, os rubro-negros retornam de La Paz com a vaga na próxima fase na bagagem. Muito disso graças à atuação de gala de Rossi.
Se alguns criticaram o desempenho diante do Botafogo, mesmo com mais de cinco defesas, a performance no Hernando Siles fez com que o torcedor rubro-negro pudesse dormir feliz. Lembrou muito um tal de Diego Alves, não só pela plasticidade, mas, também, pela cera.
TUDO EM LA PAZ, NAÇÃO? PAREDAAAAAÃOOO! 🧤🧱#VamosFlamengo pic.twitter.com/OpchQV8Qtw
— Flamengo (@Flamengo) August 23, 2024
Rossi, o herói do Flamengo
Diante daquilo que o Flamengo se propôs a fazer, o trabalho de Rossi na altitude era complicado. Segurar o ataque do Bolívar não seria uma missão fácil, e ele começou já no primeiro tempo. Foi no segundo, contudo, que fez suas três defesas difíceis, de sete no total, a principal delas em chute de Henry Vaca.
O argentino não pôde fazer nada no gol de Bruno Sávio, mas saiu do Hernando Siles como o herói do Flamengo. O uniforme amarelo e as defesas importantíssimas lembraram outra grande atuação na altitude: Diego Alves, contra o San José, em Oruro, pela Libertadores de 2019. Naquela noite, o ídolo segurou com quatro defesas difíceis, e Gabigol fez lá na frente para dar a vitória ao Rubro-Negro.
As semelhanças não param somente nas estatísticas. O uniforme amarelo, característico de Diego Alves, caiu bem em Rossi, que parece ter aprendido o tradicional anti-jogo com o ex-goleiro. O argentino ganhou pelo menos cinco minutos entre tiros de meta e bolas recuadas e sequer recebeu cartão amarelo.
O arqueiro ainda falou com a imprensa depois do apito final e revelou a estratégia da cera para minar as chances do Bolívar na eliminatória.
— Tentamos fazer um jogo que complicasse eles. Sabíamos que eles são uma equipe de pressão alta e, evitando isso, sabíamos que íamos correr menos riscos. Então, propusemos uma partida de mais disputas de bola para cansá-los também, para que tivessem que correr 70 metros até chegar ao nosso gol. Acho que fizemos uma grande partida, que é o mais importante — analisou.
Como foi o jogo?
No mais, foi uma partida de superação do Flamengo. O modelo de Tite não previa que o time fosse para cima ou ficasse com o bola no Hernando Siles, pelo contrário, escalou dupla de volantes e apenas dois atacantes: Carlinhos e Luiz Araújo. Gerson teve as melhores chances em primeiro tempo que a equipe sofreu pouco, mas as desperdiçou.
Na etapa complementar, o Flamengo sofreu o gol e se fechou de vez lá atrás. Tite demorou a mexer novamente, mas, quando fez, acertou o time. Destaque negativo para mais um gol sofrido de bola aérea, semelhante demais aos contra Palmeiras e Botafogo, sempre nas costas de Ayrton Lucas. Para a sorte dos rubro-negros, não foi suficiente para aumentar o drama.
E agora, Flamengo?
O próximo compromisso do time em 2024 será neste domingo (25), diante do Bragantino, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. A bola rola a partir das 20h (de Brasília), no Maracanã. O fim de semana será agitado para os rubro-negros, que ainda devem acompanhar o Mundial sub-20 no sábado, quando o Flamengo enfrentará o Olympiacos, da Grécia, também no Mário Filho.