Fluminense encerra 2023 em alta: Cano é eleito o Rei da América, e Diniz vence como melhor técnico
Cano conquista Rei da América com ampla vantagem e eterniza ainda mais 2023 na história do Fluminense
Nos últimos instantes de um 2023 eterno na história do clube pela conquista inédita da Libertadores, o torcedor do Fluminense ganhou ainda mais motivos para festejar e se orgulhar. Germán Cano foi eleito o Rei da América deste ano em eleição tradicional promovida pelo jornal uruguaio El País e divulgada neste domingo (31). A votação também premiou Fernando Diniz como melhor técnico do continente nesta temporada.
Esta é a primeira vez que Cano recebe este prêmio em sua carreira. O argentino foi eleito o melhor jogador das Américas com grande vantagem para o segundo colocado. Ele fez 167 dos 250 possíveis (67%). Luis Suárez, do Grêmio, ficou em segundo lugar, com 40 votos (16%). Nicolás de La Cruz, do River Plate e recém-anunciado pelo Flamengo, fecha o pódio com apenas oito votos. Jhon Arias, também do Fluminense, era o outro finalista.
Coroar Germán Cano como Rei da América é tão óbvio, quanto merecido e necessário. O argentino empilhou 13 gols em 12 jogos na campanha do título inédito da Libertadores do Flu, além de duas assistências. E aqui, falamos de gols decisivos: sete deles foram marcados a partir das quartas de final. E o centroavante ainda balançou as redes nos dois jogos da semifinal e na grande final, contra o Boca Juniors.
Aos 35 anos, Cano encerra a sua segunda temporada consecutiva com 40 gols marcados. Foram 40 gols em 61 jogos em 2023. Em 2022, o centroavante marcou 44 gols em 70 partidas.
😍⚽️ ¡El beso del goleador de la CONMEBOL #Libertadores!
🔝🇭🇺 GERMÁN CANO.#GloriaEterna #Fluminense pic.twitter.com/V8bDPGmWwM
— CONMEBOL Libertadores (@Libertadores) November 5, 2023
Diniz é eleito o melhor técnico do continente
A premiação tradicional do El País também elegeu Fernando Diniz como o melhor técnico do continente. Assim como o seu centroavante, o treinador do Fluminense e da Seleção conquistou a honraria com ampla margem de votos e deixou para trás nomes como Abel Ferreira (Palmeiras), Lionel Scaloni (seleção argentina), Marcelo Bielsa (seleção uruguaia) e Luis Zubeldía (LDU) – os outros finalistas.
Diniz fez 101 dos 250 votos possíveis (40%). O segundo colocado foi Marcelo Bielsa, com 44 votos (17,5%). Scaloni fecha o pódio, com 34 votos (13,5%). Entre os treinadores brasileiros, Renato Portaluppi, do Grêmio, foi o único citado na votação, além do vencedor.
O histórico ajuda a dar a dimensão do prêmio conquistado por Fernando Diniz. Esta é a primeira vez que um brasileiro ganha o prêmio de melhor técnico do continente desde 2017, quando Tite foi eleito na votação. Antes disso, Luiz Felipe Scolari havia sido o último treinador do país a ser eleito o melhor do continente: em 2002, anos do penta.
O 11 ideal do continente:
Sérgio Romero (Boca Juniors); Advíncula (Boca Juniors), Nino (Fluminense), Gustavo Gómez (Palmeiras) e Piquerez (Palmeiras), André (Fluminense), De La Cruz (River Plate) e Alan Patrick (Internacional); Jhon Arias (Fluminense), Luis Suárez (Grêmio), Gérman Cano (Fluminense), técnico: Fernando Diniz (Fluminense).
Todos os vencedores do Rei da América
- 2023 – Cano (ARG) – Fluminense
- 2022 – Pedro (BRA) – Flamengo
- 2021 – Julián Álvarez (ARG) – River Plate
- 2020 – Marinho (BRA) – Santos
- 2019 – Gabriel Barbosa (BRA) – Flamengo
- 2018 – Gonzalo Martínez (ARG) – River Plate
- 2017 – Luan (BRA) – Grêmio
- 2016 – Miguel Borja (COL) – Atlético Nacional
- 2015 – Carlos Sánchez (ARG) – River Plate
- 2014 – Teófilo Gutiérrez (COL) – River Plate
- 2013 – Ronaldinho Gaúcho (BRA) – Atlético-MG
- 2012 – Neymar (BRA) – Santos
- 2011 – Neymar (BRA) – Santos
- 2010 – D'Alessandro (ARG) – Internacional
- 2009 – Verón (ARG) – Estudiantes
- 2008 – Verón (ARG) – Estudiantes
- 2007 – Salvador Cabañas (PAR) – América do México
- 2006 – Matías Fernández (CHI) – Colo-Colo
- 2005 – Carlos Tévez (ARG) – Corinthians
- 2004 – Carlos Tévez (ARG) – Boca Juniors
- 2003 – Carlos Tévez (ARG) – Boca Juniors
- 2002 – Cardozo (PAR) – Toluca
- 2001 – Juan Román Riquelme (ARG) – Boca Juniors
- 2000 – Romário (BRA) – Vasco
- 1999 – Javier Saviola (ARG) – River Plate
- 1998 – Martín Palermo (ARG) – Boca Juniors
- 1997 – Marcelo Salas (CHI) – River Plate
- 1996 – Chilavert (PAR) – Vélez Sársfield
- 1995 – Enzo Francescoli (URU) – River Plate
- 1994 – Cafu (BRA) – São Paulo
- 1993 – Carlos Valderrama (COL) – Junior Barranquilla
- 1992 – Raí (BRA) – São Paulo
- 1991 – Oscar Ruggeri (ARG) – Vélez Sársfield
- 1990 – Raúl Amarilla (PAR) – Olimpia
- 1989 – Bebeto (BRA) – Vasco
- 1988 – Ruben Paz (URU) – Racing Club
- 1987 – Carlos Valderrama (COL) – Deportivo Cali
- 1986 – Antonio Alzamendi (URU) – River Plate
Rei da América é eleito por jornalistas das Américas do Sul, Central e do Norte
A votação é feita por e-mail, com votos de jornalistas esportivos selecionados pelo El País. A ideia é que os principais representantes da profissão votem e escolham seus preferidos. Ao todo, 250 profissionais votaram para escolher o Rei da América, o melhor jogador, a melhor jogadora, o melhor treinador e o time ideal do continente.
A enquete diz respeito apenas a jogadores em atividade no futebol sul-americano no período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro. Por este critério, Lionel Messi, que atua pelo Inter Miami, na MLS, e defendeu apenas Barcelona e PSG na carreira, nunca foi eleito o Rei da América.