América do Sul

Brasil joga para o gasto, vira contra Equador e avança em primeiro no Pré-Olímpico

Com gols de Marlon Gomes e Gabriel Pirani, o Brasil venceu o Equador de virada e confirmou a ida ao quadrangular final do Pré-Olímpico

A Seleção Brasileira mostrou dificuldades, especialmente no primeiro tempo, mas venceu o Equador de virada nesta segunda-feira (29) pela 3ª rodada do Pré-Olímpico. A partida no estádio Brígido Iriarte, em Caracas, na Venezuela, teve 45 minutos de quase nenhum futebol, com poucas chances. Na etapa final, o Brasil sofreu o primeiro, mas melhorou para buscar a virada com gols de Marlon Gomes e Gabriel Pirani.

Com a vitória, o selecionado treinado por Ramon Menezes chegou aos nove pontos, dois a mais que o Equador (que já fez todos seus jogos), e confirmou a liderança do grupo A porque os outros adversários não o alcançam mais. Já está confirmado na fase quadrangular, na qual os dois melhores vão aos Jogos Olímpicos de Paris.

Provavelmente com os reservas, a Seleção Brasileira ainda joga na 4ª rodada com a Venezuela nesta quinta-feira (1).

Calor, time estático e poucas chances: um fraco 1º tmepo

Sem o zagueiro Michel e o lateral-esquerdo Kaiki Bruno, lesionados, Ramon Menezes escalou Lucas Fasson e Rikelme para exercerem as funções. No restante, a equipe seguiu a mesma com Mycael no gol, Khellven como lateral-direito e Arthur Chaves formando a dupla de zaga. No meio, Andrey Santos, Marlon Gomes, Alexsander e Maurício, municiando a dupla de ataque John Kennedy e Endrick.

Da mesma forma vista nos jogos anteriores, a equipe manteve a estrutura 3-2-5 no momento ofensivo. O problema seguia o mesmo: um time estático, de pouca movimentação e liberdade posicional, além de lento para construir. Com isso, nada de muito perigoso aconteceu até os 18 minutos, quando Endrick recebeu ótimo cruzamento de Alexsander e cabeceou para fora. O goleiro Villar, do Equador, só foi trabalhar na sequência, em lance no qual um bate e rebate na área sobrou para Khellven finalizar e o arqueiro se esticar todo para espalmar.

Em um 4-3-3, o Equador não incomodou muito o Brasil em pelo menos 35 minutos. A equipe até arriscou em alguns contra-ataques, faltando a efetividade para um passe final se tornar uma chance de gol. La Tri ainda encontrava dificuldades quando se via pressionada pelos brasileiros no campo de defesa.

O forte calor na Venezuela também atrapalhou o andamento da partida, batendo mais de 30 graus em um campo que quase não tinha sombra. Tudo para culminar no 0 a 0 do primeiro tempo.

- - Continua após o recado - -

Assine a newsletter da Trivela e junte-se à nossa comunidade. Receba conteúdo exclusivo toda semana e concorra a prêmios incríveis!

Já somos mais de 3.200 apaixonados por futebol!

Ao se inscrever, você concorda com a nossa Termos de Uso.

Brasil vacila e sofre gol, mas melhora e busca virada

No intervalo, Gabriel Pec substituiu Maurício e ficou na ponta esquerda, movendo Alexsander para direita. O jogo voltou morno da mesma forma, de pouca criatividade e o Brasil levemente superior ao adversário, se movendo mais no campo. No entanto, como não abriu o placar, veio o gol do outro lado logo na primeira finalização correta. Uma sobra no meio-campo chegou perfeita para Patrik Mercado pegar de primeira, a bola desviar em Chaves e tirar totalmente Mycael da jogada, que viu a bola ir para o fundo da rede.

Na dificuldade coletiva, o individual teve que fazer a diferença. Veio com Endrick, de novo, brilhando ao pegar a bola na área, dar um bonito toque no alto e levar para linha de fundo antes de cruzar para Marlon Gomes cravar na segunda trave. Logo na sequência, o jogador do Palmeiras saiu e entrou Marquinhos, ao mesmo tempo que Gabriel Pirani substituiu Rikelme.

John Kennedy quase cravou o da virada pouco depois do primeiro, quando concluiu um cruzamento e a bola passou pertinho do gol. Era uma clara melhora na seleção, que agora tinha mais aproximação e um jogo coletivo maior.

Nesse cenário favorável, a virada era questão de tempo, consumada aos 25. Pirani, que entrou como meia e moveu Alexsander para lateral, apareceu na área para receber de Khellven, tentar finalizar duas vezes e na segunda marcar. Um exemplo de maior liberdade posicional, o meia pela esquerda aparecendo na direita da área para se aproximar da jogada.

O Equador tentou pressionar a Seleção Brasileira no fim e quase conseguiu o empate com Youri Ochoa, que saiu do banco. O meia do Independiente Del Valle bateu uma falta de longe que tinha endereço, mas Mycael defendeu. No fim, mesmo com as tentativas adversárias, se manteve a vitória do Brasil.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
Botão Voltar ao topo