A recepção aos campeões do mundo foi fantástica, e Messi marcou de falta para deixar a festa completa
O Monumental de Núñez, que já pulsava, veio abaixo quando Messi fechou a vitória por 2 a 0 sobre o Panamá

Depois de acertar a trave duas vezes em cobrança de falta, Messi finalmente mandou uma precisa, no ângulo do goleiro do Panamá, e selou com chave de ouro uma linda festa da seleção argentina. O Monumental de Núñez pulsou para receber os campeões mundiais, no primeiro jogo desde a Copa do Mundo do Catar, e pouco importa que a dona da casa tenha demorado tanto para construir a vitória por 2 a 0. Foi o 800º gol do camisa 10 por times adultos. Ele ficou a um de chegar a 100 pela Argentina.
Quem assistiu às cenas de celebração depois do título não ficou surpreso com a recepção aos jogadores que tornaram aquele sonho possível. A emoção na entrada de campo era clara. E mútua. Os torcedores cantavam a plenos pulmões, e os jogadores ficaram visivelmente tocados. A festa continuou ao longo da partida, com aplausos aos que saíam e aos que entravam. Quando Messi fechou o placar, o estádio veio abaixo para reverenciar o craque.
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Como era previsto, Lionel Scaloni escalou um time muito próximo ao que venceu a Copa: Dibu Martínez, Nahuel Molina, Cristian Romero, Nicolás Otamendi, Nicolás Tagliafico, Rodrigo de Paul, Enzo Fernández, Alexis Mac Allister, Lionel Messi, Julián Álvarez e Ángel Di María. E a Argentina, embalada pelas bancadas, partiu com tudo para cima do Panamá. Messi estava especialmente animado e causou terror na defesa do Panamá com as suas arrancadas nos primeiros minutos.
Aos 17 minutos, quase abriu o placar em cobrança de falta, mas parou na trave. Não seria a primeira vez naquela noite de Buenos Aires. Pouco depois, tabelou com Di María, como tantas vezes em sua carreira, mas devolveu um pouco forte demais. Tentou de média distância, a alguns minutos do intervalo, mas mandou por cima. Na sequência, Enzo Fernández soltou a bomba de fora da área, e José Guerra fez uma linda defesa, espalmando para escanteio.
Scaloni começou a rodar o elenco no intervalo. Colocou Lisandro Martínez, Lautaro Martínez e Thiago Almada nos lugares de Otamendi, Álvarez e Mac Allister, respectivamente. Di María exigiu outra boa defesa de Guerra, com um chute colocado do bico da grande área, e Messi quase marcou em um cabeceio no contrapé. Aos 33 minutos, Messi teve outra falta na entrada da área e novamente acertou a trave. No rebote, Leandro Paredes furou, e Almada abriu o placar para a Argentina.
A festa não ficaria completa sem um gol de Messi. E em nova cobrança de falta, essa perfeita, no ângulo, ele saiu. As arquibancadas foram à loucura para festejá-lo e continuaram cantando depois do apito final, durante uma cerimônia para homenagear os campeões. Os jogadores receberam prêmios e se alinharam no gramado para assistir às imagens da campanha no telão, sob fogos de artifício e um show de luzes.
Messi sorriu como poucas vezes na sua vida. A Copa do Mundo foi colocada em um pódio – uma para cada, aliás – e ele pegou o microfone. “Antes de tudo, quero agradecer o carinho que estamos recebendo. Sempre sonhei com este momento, com festejar com vocês, por vir ao meu país e levantar uma Copa América, uma Copa do Mundo. É a maior coisa que existe. Ficou demonstrado que é muito difícil conseguir isto. Depende de muitas coisas. Às vezes, escapa por pequenos detalhes. Que desfrutemos da terceira estrela”, concluiu.