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A Colômbia vence o Equador em Quito e conquista um resultado vital rumo à Copa

Nos últimos tempos, a Colômbia tem sido uma seleção um tanto quanto inconstante. E não vinha empolgando muito em suas últimas apresentações. No entanto, os Cafeteros viraram o jogo na hora certa. Com uma ótima atuação, bateram o Equador por 2 a 0 em Quito e conquistaram um triunfo fundamental às suas pretensões de retornar à Copa do Mundo. Partida de “seis pontos”, que coloca o time de José Pekerman provisoriamente na segunda colocação das Eliminatórias, um pouco mais tranquilo na briga de foice que se desenha na tabela. Recupera-se, principalmente, das três rodadas sem vitória no início do returno, agora com 24 pontos. Já o Equador, com apenas um triunfo nos últimos cinco compromissos, sai da zona de classificação pela primeira vez na campanha, quatro pontos atrás dos oponentes.

Pekerman foi um tanto quanto ousado em sua escalação. Trouxe novidades no ataque, apostando em uma linha de frente mais leve, com as entradas de Miguel Borja e Edwin Cardona. Duas peças fundamentais na construção do resultado. Apesar da pressão do Equador nos minutos iniciais, a Colômbia atacava com velocidade e quase fez o primeiro aos 17, em tento bem anulado por impedimento de Cardona. Três minutos depois, não houve o que impedisse a festa dos visitantes. Borja cruzou de trivela e, no meio do pagode, James Rodríguez conseguiu completar para as redes, de carrinho. Gol importante, especialmente em uma semana tumultuada, em que o dedo médio do camisa 10 circulou na imprensa causando polêmica.

Aos 33, a grande vitória da Colômbia terminou de ganhar forma. Cardona deu um lançamento magistral para James Rodríguez, às costas da zaga. O meia cruzou e Juan Guillermo Cuadrado apareceu dentro da área para completar. E por pouco o terceiro não saiu antes do intervalo. Já no segundo tempo, a expulsão de Luis Caicedo aos 15 minutos, por uma entrada violenta em Abel Aguilar, minou qualquer tentativa de reação do Equador. Para recompor a defesa, o técnico Gustavo Quinteros precisou queimar sua terceira substituição. Os equatorianos até atacaram mais na segunda etapa, mas sequer descontaram, parando na defesa adversária. Carlos Sánchez, sobretudo, era um leão na cabeça de área. E os anfitriões ainda precisaram lidar com a empolgação dos visitantes no Estádio Olímpico Atahualpa, gritando ‘olé' nas trocas de passes dos Cafeteros.

A Colômbia tem os seus problemas. Mas, diante do número de vagas disponíveis, não deve encontrar tantas dificuldades assim para avançar ao Mundial. A seu favor, possui um elenco qualificado e talentos individuais. Enquanto isso, o Equador fica pelo caminho. Impressiona como nem mesmo a fortaleza do Atahualpa tem servido para conquistar pontos. E a tabela não ajuda tanto, com visitas ao Brasil e ao Chile nas últimas rodadas. O jeito é torcer contra a Argentina para uma decisão em Quito na última partida.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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