AlemanhaBundesligaMundial de Clubes

Não tem desfalque que segure o Bayern. E o Galo que se cuide

Arjen Robben e Bastian Schweinsteiger. Dois dos melhores jogadores do mundo, que não estarão presentes no Mundial de Clubes. Desfalques sentidos por qualquer clube do mundo, certo? Bem, para o Bayern de Munique, não é exatamente assim. É lógico que o holandês e o alemão são diferenciais na equipe de Pep Guardiola. Porém, para o melhor elenco da Europa, perder craques não é um grande problema. Especialmente quando você tem peças de reposição que mantém o desempenho em um altíssimo nível.

Robben foi o último a se lesionar, na rodada do meio de semana na Copa da Alemanha. O holandês vinha de fase espetacular, com cinco gols nas quatro partidas anteriores, suprindo a ausência de Franck Ribéry. Ainda assim, mesmo sem seu principal jogador em novembro, o Bayern massacrou. Neste sábado, 7 a 0 para cima do Werder Bremen, dentro do Weserstadion. É a maior derrota da história dos verdes em casa pela Bundesliga.

Sem Robben e Schweinsteiger, mas com o retorno de Ribéry, Guardiola alinhou o francês ao lado de Toni Kroos, Mario Götze e Thomas Müller na linha de meias de seu 4-1-4-1. Um quarteto que combina velocidade, qualidade no passe e, sobretudo, poder de decisão. Todos os gols dos bávaros contaram com a participação de ao menos um deles.

Ribéry foi quem mais destoou, balançando as redes duas vezes, dando uma assistência e ainda carimbando a trave. Mas, se o camisa 7 punha fogo na partida pelo lado esquerdo, Götze e Müller também faziam excelentes combinações pela direita. Trocando de posições, a dupla alemã abriu um clarão na defesa do Werder, tabelando entre si em dois tentos.

Semana após semana, o Bayern vai acumulando números ainda mais impressionantes. São 24 partidas de invencibilidade na temporada, 23 vitórias e um empate. Pela Bundesliga, o clube amplia o recorde, sem perder há 40 partidas. E os números deverão ser ainda maiores quando a equipe partir ao Marrocos, rumo ao Mundial de Clubes. Por mais que o Atlético Mineiro conte com um bom time, sua missão talvez seja a mais difícil entre todos os brasileiros que já participaram da competição internacional desde 2005.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
Botão Voltar ao topo