Alemanha jogou por música e deu uma aula de futebol bonito contra a República Tcheca
A torcida de Hamburgo anda maltratada. Os dois principais clubes da cidade, Hamburgo e St. Pauli, são os lanternas na primeira e na segunda divisão da Bundesliga. No entanto, a população local teve um alento neste sábado, com a visita da seleção alemã ao Volksparkstadion. E finalmente pôde comemorar algo, com a grande atuação do time de Joachim Löw. O Nationalelf sobrou diante da República Tcheca e a vitória por 3 a 0 poderia ter sido ainda maior, diante de tudo o que os anfitriões jogaram.
O espetáculo na noite em Hamburgo começou nas arquibancadas. Algo que não é lá muito comum, os torcedores fizeram um mosaico para receber a seleção: o enorme painel branco continha um coração e uma camisa com as cores da bandeira. Tudo para fazer pulsar o Nationalelf. Löw escalou uma equipe bastante leve, com Götze no comando do ataque, além de Thomas Müller, Julian Draxler e Mesut Özil compondo a trinca de meias. Justamente o quarteto que mais brilhou durante o passeio, com Götze e Özil coordenando as ações ofensivas.
O primeiro tempo só teve um gol por culpa da displicência da Alemanha nas finalizações. O domínio do time da casa era total, impondo a posse de bola no campo de ataque. Além disso, impressionava a facilidade com que os alemães trocavam passes e seus jogadores faziam as infiltrações. Assim, saiu o primeiro tento, aos 13 minutos. Götze se mandou pelo lado esquerdo e fez boa jogada, passando para Özil. Já o camisa 10 serviu Thomas Müller, sem trabalho para balançar as redes. Depois da má fase na Eurocopa, o atacante do Bayern de Munique finalmente se reencontra na seleção.
Já no segundo tempo, brilharam os laterais Jonas Hector e Joshua Kimmich. As subidas de ambos foram importantes para dar profundidade ao time e abrir a defesa da República Tcheca. Acabaram recompensados com uma assistência cada. Kimmich serviu o segundo, para Toni Kroos fazer um gol típico, batendo da entrada da área no cantinho da meta. Por fim, coube a Müller repetir a dose e fechar a conta aos 20 minutos. Löw aproveitou o tempo restante para promover o retorno de Ilkay Gündogan, após 11 meses longe do Nationalelf, e a entrada de Julian Brandt, que parece cada vez mais ter a preferência do treinador como opção a partir do banco de reservas.
Saindo de uma Euro abaixo das expectativas, a Alemanha volta a mostrar serviço. Tudo bem que a República Tcheca não representa exatamente um grande desafio, mas surge como a principal adversária do Grupo C das Eliminatórias. E a representatividade do resultado está muito mais pela forma como aconteceu, diante do futebol exibido pelos comandados de Joachim Löw. Se o time não conseguiu estabelecer uma regularidade desde 2014, as duas boas vitórias neste início de campanha podem indicar o caminho.
Bônus: Não é assim que se faz, Neuer