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Toda forma de jogo é válida, mas a do Santos de Sampaoli é mais válida ainda

O esforço, a criatividade e a ofensividade do Santos de Sampaoli foram recompensados. Com a vitória por 3 a 1 sobre o Avaí, neste domingo (28), na Vila Belmiro, o Alvinegro se isolou na liderança do Brasileirão com 29 pontos, dois a mais que o segundo colocado Palmeiras.

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Desde o princípio da partida, o Santos foi para o ataque. Pituca teve boa oportunidade aos sete minutos e mandou a bola rente ao gol defendido por Lucas Frigeri. Dois minutos depois, a insistência já deu frutos: após cobrança de falta levantada na área por Sánchez, a zaga do Avaí afastou, e Derlis González aproveitou a sobra para fazer 1 a 0.

Os catarinenses responderam com qualidade. Quando o relógio marcava 28 minutos da primeira etapa, Léo subiu pela direita, cruzou baixo para o meio. Bruno Sávio saiu da trajetória da bola, levando a defesa santista consigo, e João Paulo chegou para bater cruzado e empatar em 1 a 1.

Aos 32 minutos, Soteldo fez grande jogada, driblou dois marcadores e cruzou para Sánchez, sozinho no meio da área, completar de cabeça e colocar o Santos à frente: 2 a 1. Um vacilo clássico da marcação, que foi com dois homens em um adversário, liberando o uruguaio na pequena área.

O Santos aumentou sua superioridade no segundo tempo. Se na primeira etapa já havia feito partida elogiável no ataque, com oito finalizações, três delas a gol, na segunda foi ainda mais forte e eficaz. Foram dez finalizações, sete delas a gol, e em uma dessas definiu o resultado com estilo.

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Felipe Jonatan, de apenas 21 anos, recebeu pela esquerda, chapelou um adversário na entrada da área e, mesmo marcado, completou a jogada encobrindo com categoria Lucas Frigeri. Um golaço digno dos craques que já desfilaram pelo gramado da Vila Belmiro: 3 a 1 para o Alvinegro.

Mais uma grande atuação do time que tem investimento significativamente menor do que os outros que disputam o título, Palmeiras e Flamengo. Mais um exemplo dado por Sampaoli do que uma ideia de jogo pode causar.

A imprevisibilidade de uma partida de futebol pode ser dos aspectos mais divertidos do esporte. Um embate entre dois estilos pode ser um encontro único, com sua própria narrativa, ignorando o retrospecto das equipes até ali. É por isso que é bom ver treinadores trazendo novas visões ao Brasil. Aumenta o leque, diferencia mais os duelos. Todas as maneiras de jogar são válidas, mas, em meio a tanto jogo parecido, truncado, a maneira praticada pelo Santos de Jorge Sampaoli é mais válida ainda.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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