Jogador titular da seleção decide que não que mais jogar por seu atual time. Dá entrevistas dizendo que a situação com a equipe está insustentável e que não há mais clima para seguir jogando por ela.
É com esse roteiro que o lateral-direito Miguel, do Benfica e da seleção comandada por Luis Felipe Scolari, tem vivido seus “dias de Robinho”. “Com tudo aquilo que se tem passado nos últimos dias não há condições para continuar no Benfica. Não tenho motivação”, afirmou o lateral, que teria proposta da Juventus de Turim.
Aquilo que se tem passado nos últimos dias não difere muito da história de Robinho: Miguel alega que Luis Felipe Vieira, presidente do atual campeão português, prometeu negociá-lo após a final da Taça de Portugal –na qual o Benfica foi derrotado pelo Vitória de Setúbal.
Na quarta-feira passada, Miguel não se apresentou para a viagem da equipe a Nyon, na Suíça, onde o clube de Lisboa realiza sua pré-temporada. Alegou irregularidades no registro de seu contrato, e prometeu ir à Fifa para ser liberado.
Nesta tarde, a Liga Portuguesa divulgou nota na qual diz que o contrato do jogador, de 25 anos, está registrado e é válido até 2008. Com isso, se quiser mesmo ter o jogador, a Juve ou qualquer outra equipe terá de desembolsar cerca de 10 milhões de euros. O Benfica já teria recebido uma proposta de 12 milhões, do Dínamo de Moscou, que teria sido recusada pelo atleta.
O Benfica conquistou o título português na última temporada após um jejum de 11 anos. Logo após o final da temporada, no entanto, o técnico Giovanni Trapattoni deixou o clube para treinar o Stuttgart. Em seu lugar, assumiu Ronald Koeman, ex-Ajax.
O lateral-direito Miguel se destacou na campanha de Portugal na Euro-2004. Começou o torneio na reserva de Paulo Ferreira, mas no segundo jogo foi alçado ao time titular. Na final, perdida nos pênaltis para a Grécia, se machucou no final do primeiro tempo, sendo substituído por Ferreira.
