O defensor marfinense do Arsenal, Kolo Abib Touré, deu uma entrevista nesta quinta-feira pedindo aos seus compatriotas que jogam na Europa que se mantenham fiéis à Costa do Marfim e não troquem de nacionalidade para atuar por seleções européias de mais prestígio.
O jogador se refere a casos como o do ponta Salomon Kalou (Feyenoord), que cogitam trocar de nacionalidade para atuar por seleções européias. Kalou, que joga na Holanda, quer passar a ser holandês para poder defender a ‘Oranje’, podendo assim, conquistar títulos de maior relevância no cenário internacional.
“Não podemos abandonar nosso país desta maneira. Kalou é uma pessoa ótima, e a decisão é dele, mas se eu fosse ele, eu só aceitaria jogar pelo meu país”, disse Touré, em entrevista à BBC.
A Costa do Marfim está numa situação privilegiada nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006. Líder do grupo 3, com dois pontos a mais do que Camarões, os marfinenses só precisam bater o Sudão – último colocado do grupo – para garantir vaga à Copa do ano que vem.
O receio de Touré é ver vários de seus colegas mais talentosos trocando de nacionalidade, como já aconteceu no passado. Os franceses Patrick Vieira e Marcel Desailly optaram por defender as cores da França, mas Vieira nasceu no Senegal, e Desailly nasceu em Gana.
“A única coisa que podemos dar à África é ajudar nossos países jogando. Não vencemos uma Copa do Mundo ainda, mas isso seria fantástico para o continente. Todos esperam por isso”.
“Jogar em campeonatos europeus é muito positivo para melhorar nosso futebol. Não dá para ser um jogador de alto nível na África”, disse o jogador, lembrando que atuava sob temperaturas de 40°C, e em gramados ruins.
