Cissé: Esperança de gols

No delicado momento de renovação da seleção francesa, com um novo técnico linha-dura tendo que lidar com a aposentadoria de inúmeros jogadores importantes (com destaque para o maestro Zidane), começa a ter destaque um jovem atacante que mescla força, técnica e arremate de maneira promissora.

Djibril Cissé, atualmente no Liverpool, é um dos motivos de esperança para os franceses de conseguir uma seleção forte com novos valores. Pode parecer precipitação, mas o atacante tem condições para assumir a posição de titular da equipe ao lado de Henry. E quando isso acontecer, vai ser difícil tirar o matador de Arles de lá.

Uma aposta quente

Cissé começou no clube de sua região, o Nîmes. Aos 15 anos, partiu para o Auxerre e, com apenas 17, já fazia sua estréia pela equipe profissional contra o PSG.

Não é à toa que o Auxerre começou a ficar pequeno demais para seu talento. Não dava mais para segurar Djibril Cissé nem seu colega Phillipe Mexès, ótimo zagueiro atualmente na Roma, duas das maiores revelações do futebol francês. Depois das inúmeras propostas feitas por grandes de toda a Europa, o presidente do Auxerre, Jean-Claude Hamel, negociou o matador com o Liverpool. O valor não foi divulgado, mas especula-se algo em torno de US$ 17 milhões.

Seu currículo era no mínimo promissor: artilheiro do campeonato francês (temporada 2001/2) e com média de gols por partida de 0,55 (foram 70 tentos em 128 jogos). Além disso, Cissé era rodado em seleções de base. Fez parte do grupo que venceu o Europeu sub-18 (2000), marcou seis na Copa do Mundo sub-20 (2001) e participou do Europeu sub-21 (2003). Expulso no segundo jogo contra Portugal, Cissé tomou um gancho de cinco jogos internacionais e ficou fora da Eurocopa.

Cissé estreou na seleção principal num amistoso contra a Bélgica, apenas 13 dias antes da Copa do Mundo de 2002. Fez parte do grupo eliminado na primeira fase, entrando no decorrer de três partidas, mas não balançou as redes. Fez parte, também, do grupo que venceu a Copa das Confederações em 2003.

Bye Bye, Owen

Mesmo antes de Michael Owen ir embora, Cissé já era apontado pela torcida do Liverpool como esperança de gols. Numa pesquisa realizada pelo website oficial dos Reds, Cissé ficou com 46% dos votos, contra 36% do consagrado Owen e 15% da revelação tcheca Milan Baros.

Com o antigo ídolo em Madrid, Cissé está com as portas abertas e cheio de moral no Liverpool. Marcou em sua estréia na Premier League, contra o Tottenham, e deixou boa impressão. O meia Steven Gerrard, xodó da exigente torcida vermelha, classificou o matador como ´´aquele que pode fazer os torcedores superarem a saída de Owen´´. Cissé, na modéstia que lhe é peculiar, afirma ´´tudo o que posso dizer é que marquei muitos gols na França e acho que posso fazer isso aqui também´´.

Resta saber se o jogador dos cabelos e cavanhaque descoloridos, assim como as novas contratações e como o novo técnico Rafa Benítez, serão capazes de conseguir aplacar a sede da torcida por um título de vulto e acabar com a irregularidade que ultimamente caracteriza o tradicional time vermelho. É difícil dizer, mas tenho a impressão que gols não vão faltar.

Foto de Equipe Trivela

Equipe Trivela

A equipe da redação da Trivela, site especializado em futebol que desde 1998 traz informação e análise. Fale com a equipe ou mande sua sugestão de pauta: [email protected]
Botão Voltar ao topo