Primeiro foi o atacante Marcelo Delgado, afastado do elenco do Boca Juniors depois de recomendar ao presidente do clube a “dirigir a equipe, ao invés de fazer negócios pessoais”. Hoje foi a vez do colombiano Jorge Bermúdez, ex-zagueiro do Boca e da seleção colombiana, confirmar as denúncias.
De acordo com Bermúdez, hoje no America de Cali, em cada negócio realizado no clube azul e amarelo um pedaço ia parar nas contas pessoais de Mauricio Macri. O zagueiro disse ainda que, depois da Libertadores de 2000, um clube europeu quis saber quanto custaria para contratá-lo. Ele diz que, depois de receberem um fax do clube informando que o preço seria de € 5 milhões, receberam um do próprio Macri, informando que, para assinar a transferência, exigia mais € 2 milhões.
O colombiano disse também que o elenco campeão da Libertadores de 2000 e 2001, inclusive o técnico Carlos Bianchi, tinham um péssimo relacionamento com a direção.
A diretoria do Boca, evidentemente, nega tudo, e reagiu punindo Delgado, que está afastado do elenco e terá que treinar com as divisões de base. O jogador pediu desculpas publicamente, dizendo que criticou o dirigente em um momento de “cabeça quente”.
Além de dirigir o Boca Juniors, Mauricio Macri tem atuação política forte. Na última eleição, candidatou-se a prefeito de Buenos Aires, tendo perdido por pouco para Anibal Ibarra.
