
Era o momento de extravasar. O gol que Portugal esperou a vida inteira. O grito que estava entalado na garganta há pelo menos 12 anos. Quando Éder estufou as redes no Stade de France, provavelmente os sismógrafos registraram alguns abalos na porção ocidental da Europa, de Paris a Lisboa. Não poderia ser diferente, com o tento que valeu a taça inédita da Eurocopa. Algo perceptível também na reação dos lusitanos.
Durante o torneio, acompanhei o jogo contra a Croácia através da rádio Antena 1. Os narradores torcem, embora não percam a sobriedade nas análises – por exemplo, ao avaliarem a atuação tímida de Cristiano Ronaldo naquela ocasião. Mas quando eu digo que torcem, é que torcem mesmo. Basta ouvir no relato do gol heroico na prorrogação contra a França. Emoção que não se contém. Abaixo, incluímos também a narração da Rádio TSF. Enquanto isso, na Praça do Comércio, tradicional ponto de encontro de Lisboa, o que se viu foi uma massa ensandecida. O futebol é gigante.
Praça do Comércio, Lisboa. pic.twitter.com/Mh6PMVfBqu
— Vargas (@varguizm) 11 de julho de 2016