Uma seleção cuja maioria dos convocados defende o Real Madrid. Jogadores de Bayern de Munique, Fenerbahçe, CSKA Moscou e Estrela Vermelha dividindo o mesmo elenco. Dois flamenguistas e um barcelonista enfrentando uma legião vinda do Al Ahly, do Zamalek e do Al Ittihad Alexandria. Situações que poderiam muito bem acontecer na Copa do Mundo – e que talvez até já tenham acontecido. Porém, que serão a realidade do Mundial de Basquete, que começa neste sábado e tem uma pitada imensa de futebol nas listas de convocados.
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Afinal, muitos clubes que dominam nos gramados também possuem suas equipes nas quadras. Algumas delas, bem fortes, a ponto de serem consideradas também potências no basquete. Dos 288 jogadores chamados para o Mundial, mais de um quarto vem de equipes que têm atividades no futebol, 75 atletas no total. E são dois os times que possuem mais representantes no torneio: o Real Madrid e o Galatasaray.
Base da seleção espanhola, o Real é tão representativo no basquete quanto é no futebol, também pelos altos investimentos em um elenco galáctico. São 31 títulos da Liga ACB, o Campeonato Espanhol de Basquete, e oito Euroligas. Nesta temporada, por muito pouco os merengues não conquistaram a dobradinha continental entre futebol e basquete, perdendo a final nas quadras para o Maccabi Tel-Aviv. Já o Galatasaray não é tão dominante, mas vem em boa fase no basquete turco, campeão nacional no ano passado.
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Como era de se esperar, o Barcelona e o Fenerbahçe competem com seus grandes rivais também nas quadras, e aparecem na lista com cinco convocados cada – entre os blaugranas, o armador da seleção brasileira, Marcelinho Huertas. E assim se repete em outros países que dividem sua paixão entre o futebol e o basquete. Grécia, Rússia, Sérvia, Chipre, Eslovênia e outras regiões da Europa Oriental possuem muita proximidade na organização dos dois esportes. Por isso mesmo, será possível ver jogadores de clubes como Panathinaikos, CSKA Moscou, Estrela Vermelha e Apoel. Entre as exceções, o Bayern de Munique. O Campeonato Alemão de Basquete possui suas equipes exclusivas, mas os bávaros voltaram a investir no esporte na última década. São os atuais campeões nacionais e chegaram ao Top 16 da Euroliga.
A mesma ligação se repete em outras regiões do planeta, sobretudo no Oriente Médio e na África. Turquia e Espanha são os dois países que mais possuem convocados entre os “clubes de futebol” para o Mundial de Basquete. Logo em seguida, aparecem Angola e Egito. Tudo bem as duas seleções de basquete são formadas basicamente por jogadores locais, mas a força de times como o Al Ahly, o Zamalek e o Primeiro de Agosto também está presente nas quadras.
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Na América do Sul, há uma relação de proximidade entre os esportes, mas ela não costuma ser constante. Afinal, não é surpreendente ver clubes, que mal conseguem manter seu departamento de futebol, fechando a equipe de basquete. O único time do continente com jogadores convocados é o Flamengo, quatro nomes listados: os brasileiros Marcelinho Machado e Marquinhos, bem como os argentinos Laprovíttola e Herrmann. Os rubro-negros são o resquício de tempos em que futebol e basquete eram fortes juntos, mas que não perduraram muito por conta das más gestões – e, sempre, quem pagou o pato foi o pessoal da bola laranja.
Abaixo, a relação com os clubes ligados ao futebol presentes no Mundial de Basquete:
Sete convocados
Real Madrid-ESP e Galatasaray-TUR
Seis convocados
Primeiro de Agosto-ANG
Cinco convocados
Barcelona-ESP, Al Ittihad Alexandria-EGI e Fenerbahçe-TUR
Quatro convocados
Flamengo-BRA e Olympiacos-GRE
Três convocados
Lokomotiv-Kuban Krasnodar-RUS
Dois convocados
Al Ahly-EGI, Estrela Vermelha-SER, Trabzonspor-TUR, Besiktas-TUR, Olimpija-ESL, Petro Atlético-ANG e Interclube-ANG
Um convocado
Bayern de Munique-ALE, CSKA Moscou-RUS, Valencia-ESP, Panathinaikos-GRE, Maccabi Tel Aviv-ISR, Zamalek-EGI, Apoel-CHP, Al Sadd-CAT, Zob Ahan-IRA, Recreativo do Libolo-ANG, Kazma-KUA, Radnicki Kragujevac-SER, Astana-CAZ, Sitra-BAH e Karsiyaka-TUR
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