As razões para botar fé na peneira de Steve Nash na Inter
Steve Nash nunca escondeu sua paixão pelo futebol. O craque do Los Angeles Lakers é um dos acionistas do Vancouver Whitecaps, garoto-propaganda dos games Fifa e várias vezes já foi filmado chutando uma bola. E, aos 39 anos, o armador terá a chance de realizar um sonho de infância. Ele treinará com a Internazionale durante a preparação do clube para a Guinness International Champions Cup, que acontecerá nos Estados Unidos.
A empolgação de Nash para a oportunidade é evidente. “Ter a chance de ser testado é um sonho que se realiza. Não apenas por tentar, mas por estar em campo com a Internazionale, uma dos grandes clubes e de história mais rica entre os esportes internacionais. Eu me sinto como um garotinho”, declarou, em entrevista à Associated Press.
O veterano tem o futebol correndo em suas veias. O sul-africano é filho de um ex-jogador de futebol profissional, John Nash, e começou a praticar o esporte na infância. Só não prosperou porque a maioria de seus amigos preferia bater uma bola de basquete que chutar uma de futebol. Eleito por duas vezes o melhor jogador da temporada, não deve reclamar da escolha.
Certa vez, em entrevista à Revista ESPN americana, Nash explicou como o futebol o ajudou a ser um melhor jogador de basquete. A recíproca é verdadeira? Dá para imaginar. Para que o craque do basquete passe no teste com a Internazionale, listamos cinco habilidades das quadras que ele poderá utilizar nos campos. Talvez, para sonhar até mesmo em ganhar uma chance no amistoso contra o Chelsea, neste domingo.
– Visão de jogo: Nash é um armador que prima pelas assistências. Encontrar companheiros livres em campo no futebol não é tão diferente quanto no basquete. Basta calibrar o pé para que o passe seja preciso.
– Movimentação em espaços curtos: os dribles no basquete acontecem em um espaço com muito mais atletas por metro quadrado do que no futebol. Se Nash passa fácil pelos grandalhões nas quadras, pode muito bem fazer isso nos campos.
– Capacidade em jogar de costas para o gol: Embora o armador tenha o campo de visão para si, também precisa saber atuar de costas para a cesta. Girar em torno da marcação e virar o jogo para os companheiros são habilidades a serem transferidas.
– Coordenação motora: Bater a bola laranja, fazer malabarismos, dar passes mirabolantes. Algo corriqueiro para Steve Nash e que demonstra seu grande controle sobre os movimentos das mãos. Fazer o mesmo com os pés não deve ser tão difícil para um gênio como ele.
– Conhecimento tático: A movimentação e a ocupação de espaços no basquete são praticamente milimetradas, especialmente as jogadas decisivas. Com tanta sabedoria, Nash poderia ser um coordenador tático em campo.
Ainda duvida da capacidade de Steve Nash? Veja um vídeo mostrando o que ele faz com a bola nos pés: