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Mesmo muito jovens, Álvarez e Bellingham receberam sete votos em primeiro lugar no prêmio da Fifa

Além dos finalistas Messi, Mbappé e Benzema, 11 jogadores foram citados em primeiro lugar pelo colégio eleitoral do The Best, com destaque para Sadio Mané

Julián Álvarez fez muitos gols pelo River Plate. Chegou bem ao Manchester City e foi um das revelações da Copa do Catar. Barrou Lautaro Martínez e apareceu em momentos decisivos do título mundial. É uma das grandes promessas para o futuro, mas talvez ainda seja um pouco cedo para ser considerado o melhor jogador do mundo. O mesmo pode ser dito de Jude Bellingham, com boa participação no torneio e excelentes atuações pelo Borussia Dortmund. Mas alguns integrantes do colégio eleitoral do prêmio The Best, entregue pela Fifa nesta segunda-feira, discordam

Lionel Messi, Kylian Mbappé e Karim Benzema, naturalmente, dominaram a primeira posição das listas entregues por capitães, técnicos e representantes da imprensa das seleções filiadas à entidade – a íntegra está aqui. Além deles, outros 11 jogadores foram mencionados no topo da relação, com destaque para Sadio Mané, mas também nomes como Vinícius Júnior, Neymar, Luka Modric, Mohamed Salah, Achraf Hakimi, Erling Haaland, Robert Lewandowski, e Kevin de Bruyne, além dos dois garotos.

Álvarez recebeu quatro votos em primeiro lugar. O mais ilustre foi do novo técnico da Espanha, Luis de la Fuente, que acabou de substituir Luis Enrique. Também foi escolhido pelo comandante de Botswana, Mogomotsi Mpote, pelo capitão do Gabão, Lloyd Palun, e pelo jornalista de Liechtenstein, Jan Stärker. Ninguém jogou mais que Bellingham no período da votação, na opinião de Sam Cox, capitão da Guiana, Raoul Savoy, técnico da República Centro-Africana, e Michael Franz Müller, votando como técnico da Coreia do Sul, entre a demissão de Paulo Bento e a chegada de Jürgen Klinsmann, nesta segunda-feira.

Sadio Mané

Sadio Mané olha para a taça da CAN após a conquista de Senegal (CHARLY TRIBALLEAU/AFP via Getty Images)

Desses todos, Mané foi o destaque. Ele apareceu 11 vezes em primeiro lugar, além de ser citado 52 vezes entre os três primeiros. A Fifa estendeu o período de votação para englobar a Copa do Mundo, mas a base do prêmio foi a temporada 2021/22, na qual Mané conquistou a Copa Africana de Nações por Senegal, venceu o Egito novamente nos playoffs das Eliminatórias Africanas e ainda foi importante na campanha do Liverpool que terminou com o título de duas copas inglesas, o vice da Premier League e da Champions League.

Ele poderia ter ainda mais destaque na premiação se não tivesse sido cortado da Copa do Mundo por lesão. O recorte regional foi muito claro porque todos os seus votos vieram da África. Os capitães de Benin (Stephane Sessegnon), Comores (El-Fardou Ben Mohamed), Quênia (Michael Olunga Ogada), Mali (Hamari Traoré), Níger (Youssouf Oumarou), Senegal (Kalidou Koulibaly), Seychelles (Benoît Marie) e Togo (Dakonam Ortega Djene), o técnico de Camarões (Rigobert Song), e os jornalistas de Comores (Elie-Dine Djouma) e Senegal (Thierno Diallo) consideraram Mané o melhor jogador do mundo nos últimos 18 meses.

Brasileiros

O Brasil teve dois finalistas e ambos apareceram apenas três vezes em primeiro lugar. E os três votos recebidos por Neymar são, digamos, familiares: Thiago Silva, capitão da seleção brasileira, e o técnico Tite. O outro foi Lionel Messi, seu companheiro de clube. O capitão da Argentina fechou sua lista com Mbappé, também do PSG, e Karim Benzema. Vinícius Júnior foi o melhor do mundo na opinião de Mohamed Salah, capitão do Egito, e dos jornalistas Emmanuel Gustave Samnick, de Camarões, e Crofton Utukana, das Ilhas Salomão.

O representante da imprensa brasileira foi Martín Fernández, do Globo Esporte. Ele foi de Messi, Mbappé e Benzema.

Outros votos

Dos restantes, Erling Haaland foi o mais lembrado em primeiro lugar, impulsionado também pelo seu começo explosivo na Premier League com o Manchester City. Apareceu seis vezes na liderança, cortesia de Dominik Szoboszlai, capitão da Hungria, e dos técnicos de Grécia, Hong Kong e Malawi e dos jornalistas da França e das Ilhas Virgens. Luka Modric teve quatro votos em primeiro, todos em territórios mais alternativa do futebol mundial (Coreia do Norte, Brunei, índia e Omã).

Se o técnico e o capitão do Brasil votaram em Neymar, o técnico e o jornalista do Egito votaram em Mohamed Salah, além de Majdi Amin Ali Qasem Majdi Qasem, jornalista da Palestina. Achraf Hakimi foi eleito o representante da ótima campanha de Marrocos na Copa do Mundo pelo capitão daquele time, Romain Saiss, e pelo comandante de Gâmbia, Tom Saintfiet.

O treinador da Costa Rica, Luis Fernando Suárez, foi o único que considerou Robert Lewandowski merecedor de defender a conquista do ano passado. Os técnicos de Indonésia e Eslováquia votaram em Kevin de Bruyne em primeiro lugar.

Outra coisa que chamou a atenção foi a ausência completa de Cristiano Ronaldo nos votos. O segundo maior vencedor do prêmio não foi lembrado nem pelos seus compatriotas, o zagueiro Pepe (Mbappé, Modric e Benzema), como capitão, e o jornalista Vitor Hugo Santos Serpa (Messi, Benzema, Mbappé). O novo técnico da seleção portuguesa, Roberto Martínez, votou em Messi, De Bruyne e Mbappé.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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