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Infantino é eleito presidente da Fifa até 2027 sem oposição – e ainda pode ter novo mandato

Eleito rem 2016 para completar mandato de Blatter, que renunciou em 2015, Gianni Infantino se elegeu para o segundo mandato efetivo, com a possibilidade de ainda tentar um terceiro até 2031

Gianni Infantino se reelegeu presidente da Fifa para um segundo mandato, até 2027. Na realidade, será sua terceira eleição, já que ele foi inicialmente eleito para um mandato tampão após a renúncia de Joseph Blatter em 2015. Como aconteceu na última vez, em 2019, Infantino não teve qualquer oposição e sua eleição foi por aclamação. Com isso, ele poderá ainda se eleger para mais um mandato, já que há um limite de três e, convenientemente, foi considerado que a sua primeira eleição foi provisória e, portanto, não é contabilizada.

A eleição aconteceu no 73º Congresso da Fifa, em Kigali, Ruanda, nesta quinta-feira. “Ser presidente da Fifa é uma honra incrível, um privilégio incrível, e também é uma grande responsabilidade. Estou realmente tocado pelo seu apoio e prometo continuar servindo ao futebol de todo o mundo e servindo as 211 associações membros da Fifa”, disse Infantino.

Antes de ser presidente da Fifa, Gianni Infantino foi secretário-geral da Uefa sob a presidência de Michel Platini. Também tinha um cargo no Comitê de Reforma da Fifa, representando a Uefa. Ele recebeu o apoio do Comitê Executivo da Uefa para ser candidato em 2016, quando Blatter estava sob investigação e Michel Platini estava suspenso.

Se Infantino decidir tentar a reeleição em 2027, ele poderá ficar na Fifa até 2031 e completará, assim, 15 anos no cargo. Seu antecessor, Joseph Blatter, ficou quase 18 anos no cargo, de 1998 até 2015, quando renunciou.

O fato de Infantino ter sido reeleito sem nem ter disputa, sem uma oposição, é um mau sinal, porque é importante ter uma disputa democrática que traga diferentes visões. Assim como foi com Blatter e, antes, com João Havelange, Infantino parece saber jogar o jogo dos números e ter um apoio massivo, ao mesmo tempo que cria um temor em quem for oposição de sofrer algum time de retaliação.

Curiosamente, em 2016, quando se elegeu para terminar o mandato de Blatter, havia concorrência do catariano Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa, o jordaniano Ali Al Hussain, o francês Jérôme Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale. Nas duas eleições seguintes, em 2019 e agora em 2023, Infantino não teve qualquer oposição e se reelegeu facilmente.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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