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Fifa aumenta valor pago a clubes por jogadores cedidos às seleções e assina acordo com clubes europeus

Acordo entre Associação de Clubes Europeus, a ECA, e a Fifa foi assinado diante do aumento dos valores repassados aos clubes por jogadores de seleções

A Fifa aumentou o valor pago aos clubes pela liberação de jogadores para a Copa do Mundo, o que possibilitou a assinatura de um acordo com a Associação de Clubes Europeus (ECA). O pagamento de compensações é feito pela Fifa aos clubes pelos jogadores liberados para a Copa do Mundo.

O Memorando de Entendimento (Memorandum of Understanding, MoU) foi assinado na Assembleia Geral da ECA, que aconteceu em Budapeste nesta segunda-feira. Se esperava que o acordo fosse assinado em Doha, em dezembro do ano passado, ainda durante a Copa do Mundo, mas as conversas acabaram não acontecendo porque o presidente da Fifa, Gianni Infantino, não conseguiu compareceu.

Os pagamentos de compensações aos clubes cresceram ao longo do tempo. Em 2010, a Fifa compartilhou US$ 40 milhões entre os clubes que cederam jogadores. O valor aumentou para US$ 209 milhões em 2022, na Copa 2022, no Catar. Para a Copa 2026, o aumento será significativo, de 70%, chegando a US$ 355 milhões a serem distribuídos aos clubes.

Segundo Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG e da ECA, confirmou o desenvolvimento e disse que o “acordo de referência”,  que cobre todos os jogos internacionais, iria “beneficiar clubes ao redor do mundo com mais receitas e mais proteção aos jogadores”.

O dirigente ainda disse que o acordo significa que os clubes trabalhariam junto com a Fifa e as confederações para o calendário de jogos de seleções. Ainda segundo o dirigente, uma nova era para a ECA irá focar em “levar prosperidade financeira e distribuição para toda a pirâmide do futebol, não apenas para a elite”.

Para Gianni Infantini, presidente da Fifa, o acordo é um “ dia significativo para o futuro do futebol e sua estabilidade a longo prazo”. O acordo entre Fifa e ECA abre espaço para mais conversas em algo que será muito necessário: a questão da Copa do Mundo de Clubes, com 32 equipes. A ideia da Fifa – e da ECA, claro – é maximizar os benefícios comerciais desse novo torneio. Os europeus são os mais reticentes em relação a esse novo torneio.

A ECA ainda confirmou o aumento do número de clubes membros de 240 para 330. Além disso, aumentou o número de clubes que fazem parte da rede, mas não são membros integrais, o que torna a ECA mais forte e com quase 500 clubes sob o seu guarda-chuva – entre eles, os principais clubes da Europa, que são os que têm mais poder. Vale lembrar que Real Madrid, Barcelona e Juventus estão, ao menos por enquanto, fora da ECA por causa da iniciativa da Superliga Europeia, que fracassou.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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