Como um jogo insuspeito selou os destinos de Palmeiras e Fluminense no Mundial
Equipes brasileiras podem se encontrar na semifinal caso eliminem Chelsea e Al-Hilal nas quartas do torneio

Dentre os seis sul-americanos na Copa do Mundo de Clubes, o Palmeiras até estava entre os favoritos para chegar mais longe. Mas o Fluminense, que simplesmente eliminou a Internazionale (2 a 0), na última segunda-feira (30), talvez fosse o menos cotado.
Contudo, ambos estão nas quartas de final do Mundial da Fifa e podem até se enfrentar numa eventual semifinal. Situação que poderia ser bem diferente, se o Fluminense não tivesse vencido o Palmeiras na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2024 (1 a 0).
Naquele dia, em que o Alviverde ainda sonhava com o título, enquanto os tricolores tentavam se salvar do rebaixamento, mudanças definitivas aconteceram nas trajetórias dos dois clubes.
Importantes de um modo que não é exagero afirmar que, se aquele jogo tivesse terminado de outro modo, Fluminense e Palmeiras talvez não estivessem a três jogos de um difícil, mas possível, título mundial.
Cobrança de Leila e mudança de filosofia no Palmeiras
Após a derrota para o Fluminense, a presidente Leila Pereira se irritou. Quem ouviu suas queixas foi o diretor de futebol Anderson Barros.
Na época, a Trivela apurou que a presidente cobrou o subordinado quanto à postura do time na reta final do torneio, em especial na partida contra o Flu, que poderia ter garantido o tricampeonato nacional.
Ato contínuo, a mandatária decidiu mudar a filosofia de contratações do time. Inspirada pelo Botafogo de John Textor, a nova pegada seria trazer jogadores de topo de prateleira, para subir o time de patamar.
O Palmeiras contratou sete jogadores. Dentre os quais, o de maior destaque era Paulinho. Que, mesmo prestes a passar por uma nova cirurgia, fez dois gols decisivos na Copa: abriu o empate contra o Inter Miami (2 a 2), que tirou o PSG no rumo do Palmeiras. E fez o 1 a 0 sobre o Botafogo que classificou o Alviverde.

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Renovações e uma contratação decisiva
Com a permanência na Série A, o Fluminense decidiu encampar uma reformulação no elenco. Mesmo com a permanência do técnico Mano Menezes, que cairia em 30 de março (substituído por Renato Gaúcho), a ideia era alterar a cara do elenco.
Desde o início da temporada, o clube carioca dispensou 11 jogadores e contratou outros 11, além de renovar o contrato de algumas peças específicas, que talvez não permanecessem se o clube fosse rebaixado — ainda que a equipe tivesse vaga no Mundial.
Uma das renovações-chave foi a de Jhon Arias, que vem sendo um dos melhores jogadores da Copa do Mundo. Outro que ficou foi ninguém menos que Gérman Cano, que abriu o caminho para o 2 a 0 sobre a Internazionale.
E um dos novos nomes foi o do volante Hércules, do Bahia. Autor do gol que carimbou a classificação do clube das Laranjeiras para as quartas de final da Copa, ela era pretendido também justamente pelo Palmeiras.
