Ciente dos ‘micro-detalhes’, Filipe Luis exalta Flamengo e ignora ‘desinteresse’ europeu
Questionado sobre relação dos europeus com o Mundial, treinador rubro-negro não relutou em exaltar o torneio realizado nos EUA

DIRETO DOS ESTADOS UNIDOS – O Flamengo que bateu o Chelsea por 3 a 1, de virada, pela segunda rodada do Mundial de Clubes foi diferente do que venceu o Esperance, no primeiro compromisso do clube no torneio.
O técnico Filipe Luís não se fez de rogado na entrevista coletiva após a partida, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia. E cravou que vai mudar o time quantas vezes julgar necessário.
— Tenho todos à disposição e vou escalar em função das características do jogo. Sei que os torcedores e vocês (jornalistas) têm opiniões. Mas eu sei mais que vocês, observo os treinamentos, tenho os micro-detalhes — respondeu o técnico, quando indagado sobre as mudanças.
O treinador confessou que ficou surpreso com a vitória do seu time. E foi categórico ao dizer que vê os clubes brasileiros no nível da maior parte dos times da Europa:
— Existe aí uma elite de dez a doze times (da Europa). E acredito que os brasileiros estão no mesmo nível do segundo escalão.
Durante a entrevista, Filipe ainda parecia carregar um pouco da tensão da partida. Sério e concentrado, Filipe sorriu em dois momentos específicos. Primeiro, quando falou de Wallace Yan, autor do terceiro gol rubro-negro contra os Azuis:
— Eu e o Wallace Yan nos conhecemos muito bem. Ele foi meu 9 na conquista do Mundial Sub-20 (de 2024) — disse ele.

O segundo sorriso foi para celebrar a personalidade de Wesley, que falhou no lance do gol do Chelsea logo no início do jogo, mas não se abalou:
— O Wesley fez um erro por conta de algo que eu pedi a ele, para dominar as bolas longas que viessem. Mas ele não se abalou e continuou jogando. Isso foi o que me deixou mais orgulhoso.
Filipe Luís comenta relação dos europeus com o Mundial
A Trivela indagou o técnico quanto aos comentários comumente feitos quanto a um possível desinteresse dos europeus na disputa da Copa do Mundo de Clubes. Mostrando um certo incômodo, o treinador foi taxativo quanto a ter de negar tais rumores para os torcedores que ficam na dúvida:
— Não tenho nada para falar paro torcedor. Existe uma competição maravilhosa, algo único, uma oportunidade única para todos que estão aqui. Se há algum que, e eu não vejo, algum clube que não quer ganhar, azar é deles.
— Então, do que eu vi, como começou o jogo, o nível de competitividade que tem o jogo, as faltas, a entrega, os duelos disputados, porque isso a gente vê nos duelos, todos lutam, todo mundo quer participar. Agora, que é uma competição diferente, momentos diferentes, em clima diferente, que podem prejudicá-los, sim (…) Mas nós também jogamos a Libertadores e temos que jogar na altitude do Equador. Também queremos ganhar e somos cobrados se não vencer. Futebol é assim, igual para todos.