Mundial de Clubes

Chefe da Premier League questiona decisões da Fifa sobre o ‘Super Mundial’

Chefe executivo da Premier League cobrou a Fifa por decisões polêmicas referentes ao novo Mundial de Clubes

A chegada de 2025 era muito aguardada pela Fifa, já que o ano marca a estreia de uma nova competição de clubes: o “Super Mundial. Entretanto, o chefe executivo da Premier League questionou a postura da entidade para tirar o torneio do papel.

Richard Masters alega que os órgãos nacionais, incluindo ligas e sindicatos de jogadores “não estão satisfeitos com as decisões que estão sendo tomadas globalmente”. A principal reclamação do chefe da Premier League diz respeito ao calendário abarrotado de jogos.

Únicos representantes ingleses do novo Mundial de Clubes, Chelsea e Manchester City podem ter seu planejamento para a temporada 2025/26 afetados caso cheguem à final da competição.

Mais do que isso, a presença dos Blues e/ou dos Citizens na decisão do Mundial, que acontecerá no dia 13 de julho, impactaria diretamente no agendamento dos jogos da próxima Premier League. Em entrevista a um podcast da “Sky Sports”, Masters disse:

Se Manchester City ou Chelsea chegarem à final dessa competição, a Premier League começa quatro semanas depois e todos os jogadores deverão ter três semanas de folga como parte do compromisso contratual.

— Então, como isso funciona? Com muita dificuldade eu diria. Acreditamos que se as ligas e os sindicatos dos jogadores estivessem envolvidos nos processos de tomada de decisão sobre como estas competições são organizadas, obteríamos melhores resultados. É isso que estamos pedindo.

Mundial de Clubes da Fifa é repleto de polêmicas

Gianni Infantino, presidente da Fifa, e Ronaldo, no sorteio do Mundial de Clubes (Foto: Imago)
Gianni Infantino, presidente da Fifa, e Ronaldo, no sorteio do Mundial de Clubes (Foto: Imago)

O “Super Mundial” da Fifa será realizado nos Estados Unidos entre os dias 15 de junho e 13 de julho. Ao todo, 32 equipes disputarão o título, sendo que a primeira fase é composta por oito grupos de quatro integrantes cada, com os dois mais bem colocados da chave avançando ao mata-mata.

Entretanto, desde o anúncio do novo torneio, a entidade máxima do futebol tem sido cobrada por dirigentes, clubes, atletas e imprensa. O novo Mundial de Clubes representa um acréscimo de ao menos três partidas por ano para cada participante, sendo que os finalistas jogarão sete a mais.

O torneio de clubes, somado ao futebol de seleções, tem exigido fisicamente dos jogadores, tornando as lesões mais frequentes. Pep Guardiola, técnico do Manchester City, Javier Tebas, presidente de LaLiga, e diversos craques já se pronunciaram contra o Mundial.

Gianni Infantino, presidente da Fifa, defende que não é o único responsável pelo alto número de jogos por ano. O mandatário dividiu a responsabilidade com federações e ligas nacionais durante um congresso em Bangock no mês passado:

— A Fifa organiza cerca de 1% dos jogos dos principais clubes do mundo, 1%. Quando se trata de seleções nacionais, é muito, muito parecido.

— Aumentamos o número de participantes na Copa do Mundo (48), mas ainda é um mês a cada 48 meses. E se olharmos para todos os jogos de seleções em todo o mundo, ainda estamos entre 1 e 2% por cento dos jogos organizados pela Fifa. Todos os outros jogos – 98-99% dos jogos – são organizados pelas diferentes ligas, associações, confederações, por todos vocês, e isso é bom. Tudo bem.

Foto de Matheus Cristianini

Matheus CristianiniRedator

Jornalista formado pela Unesp, com passagens por Antenados no Futebol, Bolavip Brasil, Minha Torcida e Esportelândia. Na Trivela, é redator de futebol nacional e internacional.
Botão Voltar ao topo