Mundial de Clubes

Eliminado pelo Fluminense, Al-Hilal prepara barca com três brasileiros após Mundial

Técnico Simone Inzaghi quer reformulação no elenco e já mira primeiro reforço para a próxima temporada

Após conquistar um resultado histórico contra o Manchester City nas oitavas de final do Mundial de Clubes, o Al-Hilal não foi páreo ao Fluminense e caiu nas quartas. A derrota doeu muito nos sauditas e rendeu até uma discussão entre o brasileiro Malcom e torcedores do time no MetLife Stadium.

Agora, em clima de reformulação, o atacante ex-Corinthians e outros dois compatriotas estão na lista de dispensa da equipe, segundo informações do jornal árabe “Asharq Al-Awsat”. Mesmo com contrato até o meio de 2027, a rescisão entre Malcom e o Al-Hilal está encaminhada, sendo de consenso entre as duas partes “após um período marcado por tensões dentro e fora de campo”, diz o periódico.

O técnico Simone Inzaghi, que iniciou o trabalho na Copa do Mundo de Clubes, já não conta com o jogador e colocou mais três na lista de dispensa: os também brasileiros Renan Lodi e Kaio César e o centroavante Aleksandar Mitrovic.

— A diretoria do Al-Hilal busca reforçar o elenco com nomes estrangeiros que se alinhem à filosofia do técnico italiano, que deseja construir uma equipe mais sólida para o início da nova temporada — completou o jornal.

Como Malcom, Lodi foi titular nos cinco jogos de sua equipe no Mundial, primeiro atuando como lateral-esquerdo e depois como zagueiro em um trio de zaga. O jovem Kaio, cria do Coritiba, chegou a Arábia Saudita no começo deste ano e foi reserva na competição, enquanto Mitrovic, lesionado, nem chegou a atuar com o novo treinador.

Al-Hilal já tem substituto para um dos brasileiros

Theo Hernández antes de jogo do Milan
Theo Hernández antes de jogo do Milan (Foto: Imago)

A saída de Renan Lodi já parecia bem encaminhada quando surgiram as primeiras notícias do interesse do clube saudita em Theo Hernández, do Milan. Segundo o jornal italiano “Gazzetta dello Sport”, os clubes voltarão às negociações pelo fim da participação na Copa do Mundo de Clubes.

O lado asiático quer pagar 20 milhões de euros (R$ 127,7 milhões) à vista e 5 milhões (R$ 31,9 milhões) em variáveis, mas os italianos querem todo o valor de uma vez, sem incluir os bônus, por seu titular. O francês receberá um salário anual de 20 milhões.

Pelo muito dinheiro que há por atrás, o Al-Hilal deve se movimentar ainda muito no mercado. Bruno Fernandes, do Manchester United, e Victor Osimhen, do Napoli, foram alvos anteriores que não deram certo nesta janela de transferências, mas devem vir mais por aí.

Vale citar, porém, que o time saudita tem alguns limites. Isso porque há restrição de inscrição de dez estrangeiros na Saudi Pro League, sendo oito por jogo (dois deles obrigatoriamente devem ter nascido após 2003), e na Champions League da Ásia, apesar de não haver obstáculo de jogadores fora da Arábia Saudita na lista de inscritos, são só seis não nascidos no país a cada partida.

Se considerar as saídas dos quatro nomes citados pelo “Asharq Al-Awsat”, o clube de Inzaghi teria apenas seis estrangeiros para próxima temporada, mas apenas Marcos Leonardo nasceu em 2003.

Estrangeiros do Al-Hilal no momento: Bono, Koulibaly, Renan Lodi, João Cancelo, Rúben Neves, Milinkovic-Savic, Malcom, Mitrovic, Marcos Leonardo e Kaio César.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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