O possível elo entre os atentados em Boston e o Anzhi

Por determinação da Uefa, o Anzhi não pode mandar seus jogos por competições continentais em seu estádio. Makhachkala é a capital do Daguestão, região considerada a mais perigosa da Europa. A república autônoma russa, assim como a vizinha Chechênia, conta com forte movimento insurgente de fundamentalistas islâmicos. Ataques a bomba, tiroteios e desaparecimentos são rotineiros por lá.
Agora, ao que tudo indica, os radicais também deixaram um rastro de sangue nos Estados Unidos. Os principais suspeitos do ataque a bomba ocorrido na Maratona de Boston, que deixou três mortos e seis feridos na segunda-feira, dia 15, são chechenos e moraram no Daguestão durante a infância. Um deles, torcedor do Anzhi.
Dzhokar Tsarnaev está foragido após troca de tiros com a polícia americana, que deixou morto seu irmão, Tamerlan Tsarnaev. Fã de esportes, Dzhokar expressa a paixão pelo Anzhi em sua provável página no twitter – confirmada por uma colega de faculdade. Embora não fale sobre futebol na página, o suspeito comenta sobre os resultados do basquete universitário americano.
Cabe ressaltar que, se confirmada a autoria do atentado, a ação não incrimina a torcida do Anzhi. Porém, de certa forma, justifica a postura da Uefa quanto aos jogos em Makhachkala. O caso é isolado, mas mais suscetível no Daguestão, base dos extremistas. Se um dos maiores eventos do atletismo foi alvo de ataque, a ida de alguma grande equipe europeia à região também poderia dar a visibilidade pretendida pelos insurgentes, infelizmente.