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Sem tantos holofotes, Pjanic rege o ótimo início da Roma

A Roma está incontrolável na Serie A. A cada rodada, os giallorossi se consolidam como líderes do Italiano e, surpreendentemente, como o adversário a ser batido nesta temporada. Nesta sexta, a equipe treinada por Rudi García chegou à oitava vitória consecutiva, contra um adversário que não pode ser ignorado. No Estádio Olímpico, 2 a 0 sobre o Napoli, que se mantinha invicto na competição e poderia tomar a ponta da tabela se vencesse. Um resultado para afirmar ainda mais o favoritismo conquistado pelos romanistas jogo a jogo.

O triunfo, aliás, valeu para fazer justiça sobre um dos principais nomes da Roma neste início de campanha. É natural que Francesco Totti assuma o protagonismo, por sua história no clube e pelo papel decisivo no ataque – são três gols e seis assistências. Esteio na marcação, Daniele De Rossi é outro que monopoliza as atenções. Até Gervinho vem ganhando aplausos, por calar quem criticou sua contratação. Enquanto isso, Miralem Pjanic é peça importantíssima no funcionamento do time e não vinha tendo o reconhecimento que merecia.

O meio-campista foi o nome do jogo contra o Napoli. Marcou um golaço de falta para abrir o placar e concluiu a vitória cobrando pênalti. Trouxe um alívio para a Roma, já que o Napoli foi até melhor do que os anfitriões no primeiro tempo. Já são três gols do bósnio na competição, igualando suas marcas nas duas primeiras temporadas com o clube.

Pjanic desempenha papel fundamental para o equilíbrio do time. No 4-3-3 de Rudi García, é o jogador com características mais ofensivas do meio-campo, ao lado de De Rossi e Kevin Strootman. É quem cadencia o ritmo dos giallorossi, vice-líder de passes do time na Serie A, e também o elemento surpresa no ataque, liderando até mesmo a média de finalizações dos romanistas. Além disso, o camisa 15 tem cumprido bem seu papel na recomposição e é até mesmo um dos maiores ladrões de bolas, o quarto com mais desarmes.

A fluidez da Roma nesta temporada evidencia ainda mais a funcionalidade de Pjanic, ajudando na velocidade da transição. O time é o que mais marcou gols de contra-ataque na Serie A muito por conta dessa capacidade do meio-campista em armar o jogo. Além disso, os giallorossi também foram os que mais aproveitaram as bolas paradas para balançar as redes, em outra qualidade do bósnio.

Pjanic foi convincente em suas duas primeiras temporadas na capital, especialmente pelas assistências. O problema era justamente a regularidade do meia, que teve problemas com lesões e não engrenou uma sequência de bons jogos. Algo que parece ter se transformado em 2013/14, ao menos nessa arrancada da Serie A. Aos 23 anos, o bósnio ganhou maturidade e tem talento suficiente para reger os giallorossi. Com grandes chances de ser um dos protagonistas em uma campanha histórica que se desenha para a Roma.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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