Polêmica com VAR (e sem ele), sete gols, estreia de Ribéry: Fiorentina 3×4 Napoli foi frenético

Se o primeiro jogo da temporada italiana, entre Parma e Juventus, ficou devendo em gols, com apenas Chiellini marcando, Fiorentina e Napoli tiveram partida frenética para mandar lá para cima a média de gols deste primeiro dia de Serie A 2019/20. O time de Carlo Ancelotti bateu por 4 a 3, fora de casa, a Viola, em jogo de golaços, veteranos e polêmica de arbitragem.
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A primeira controvérsia não demorou. Antes dos dez minutos iniciais, a bola acidentalmente tocou no braço de Zielinski, e, bastante rigoroso, o árbitro Davide Massa, após revisar o lance no VAR, decidiu assinalar o pênalti. Na cobrança, Erick Pulgar deslocou Alex Meret e abriu o placar para os donos da casa.
Em dois lances na reta final do primeiro tempo, o Napoli foi buscar a virada. Primeiro, aos 38, Dries Mertens se livrou da marcação de Badelj e acertou um chutaço colocado no ângulo esquerdo superior de Dragowski, que ainda desviou a bola, porém não o bastante para evitar o empate dos Partenopei. Aos 42, de pênalti, Lorenzo Insigne colocou o Napoli na frente. Mas não sem polêmica.
O lance que gerou a penalidade máxima foi uma invenção da cabeça de Massa, uma ilusão de óptica aos olhos do árbitro, não sei. O fato é que o juizão enxergou pênalti de Castrovilli em Mertens quando na verdade o jogador da Fiorentina estava caído no chão e sequer tocou o belga, que pareceu ser empurrado por forças sobrenaturais ao gramado. O erro então se tornou duplo porque os árbitros na sala do VAR não chamaram Massa para a revisão.
No segundo tempo, Pulgar cobrou escanteio, e Nikola Milenkovic demonstrou ótima impulsão para ganhar pelo alto e empatar, de cabeça, em 2 a 2, aos seis minutos. Começava ali uma sucessão de gols que parecia não ter fim. Cinco minutos depois, Callejón acertou um chutaço cruzado baixo, recebendo bola de Insigne, para fazer o 3 a 2 do Napoli.
O andarilho Kevin-Prince Boateng entrou cinco minutos após o tento de Callejón e, quatro minutos depois de pisar no gramado, acertou uma finalização forte para marcar um belo gol e empatar em 3 a 3, contando ainda com desvio na trave. A sensação de reação durou pouquíssimo, com o decisivo Insigne aparecendo dois minutos depois para completar uma linda jogada que começou com cruzamento preciso de Mertens, toque para o meio da área de Callejón e terminou na finalização simples do italiano: 4 a 3, aos 22 do segundo tempo.
A fonte de gols então secou, mas restou tempo para mais um capítulo legal no jogo: o jovem Riccardo Sottil deixou o campo aos 33 minutos da etapa complementar para dar lugar a Franck Ribéry. A estreia do francês, ainda sem condições plenas de jogo e chamado por Vincenzo Montella por uma necessidade, empolgou a torcida, mas não foi suficiente para reacender a partida para a Viola.

A arbitragem na Itália, com atuação como a deste sábado em Florença, terá muito escrutínio da imprensa, ainda mais tendo o VAR à sua disposição e ainda assim errando. Quantos às equipes, o prognóstico é positivo para a temporada. O jogo foi repleto de bons lances, intenso e com várias chances de gol criadas. O potencial bruto está lá, falta aquela refinada – sobretudo na defesa.