O Monza aumenta a desgraça da Juventus ao encaçapar a vitória por 2 a 0 em Turim
O Monza mandou no primeiro tempo e segurou a pressão no segundo, com três pontos que permitem inclusive ultrapassar a Juventus

A Juventus entrou em uma espiral de desgraça nas últimas semanas. A goleada do Napoli tirou definitivamente os bianconeri da briga pelo título, enquanto a punição por fraude financeira fez a equipe despencar ao meio da tabela. Na última semana, a Velha Senhora até demonstrou certo brio no empate contra a Atalanta. No entanto, neste domingo, o Estádio Allianz presenciou um arremedo de time que saiu vaiado pela torcida. O Monza derrotou a Juve por 2 a 0, num primeiro tempo em que deu uma lição de eficiência aos anfitriões. E o tamanho do drama se expressa na tabela: com os 15 pontos a menos após a sanção, os juventinos acabam ultrapassados exatamente pelos biancorossi com o resultado em Turim.
A Juventus ficava mais tempo no ataque durante os primeiros minutos, mas sem nada de muito concreto. O Monza se defendia bem e deu um aviso de que poderia causar problemas aos 12 minutos. Gianluca Caprari anotou o gol, mas estava impedido. A Velha Senhora despertou brevemente depois e teve algumas jogadas, com Moïse Kean errando o alvo por pouco. Entretanto, os biancorossi tinham mais precisão em seus lances e aproveitavam bem os espaços nas laterais da área da Juve. Assim, marcaram o primeiro de fato aos 18. José Machín deu um passe primoroso entre as linhas e Patrick Ciurria finalizou na saída de Wojciech Szczesny.
A Juventus entrou em pane depois do gol. Quando deveria aumentar a pressão para uma resposta rápida, o time continuava sem contundência e encontrava muitas dificuldades para criar no ataque. O Monza era claramente superior, tanto pelo trabalho defensivo quanto pelos avanços com a bola. E, mais maduro, fez por merecer o segundo gol aos 39. Num contra-ataque, Carlos Augusto teve muita tranquilidade para conduzir a bola até a entrada da área e entregar a Dany Mota. O atacante driblou Szczesny e mandou às redes vazias.
A Juventus realizou três mudanças para o segundo tempo, acionando os garotos. Samuel Illing Junior, Matías Soulé e Manuel Locatelli entraram, antes que Arkadiusz Milik virasse uma opção pouco depois. A pressão da Velha Senhora era grande, mas o Monza fechava a casinha. Logo o goleiro Michele Di Gregorio também apareceu entre os protagonistas da noite, ao segurar a reação juventina. O arqueiro trabalhava sobretudo em chutes de longe. Barrou Locatelli, Milik e Ángel Di María com ótimas intervenções. Enquanto isso, as cabeçadas dos bianconeri no jogo aéreo não encontravam destino.
O Monza tinha dificuldades para sair ao ataque no segundo tempo, mas se via satisfeito em preservar a vantagem. Um momento de maior perigo aconteceu aos 34, quando um gol de Bremer foi anulado por impedimento. A reação frustrada esfriou a Juventus e até permitiu que os visitantes registrassem sua primeira finalização na etapa final, com Andrea Petagna forçando a defesa de Szczesny aos 37. E, à medida que uma reviravolta parecia impossível, a Juve parou de tentar. Sairia mesmo abatida com duas bolas nas redes.
O Monza assume o 11° lugar da Serie A, com 25 pontos. Depois de um início de temporada claudicante, os biancorossi se acertaram e devem garantir com tranquilidade a permanência na Serie A. O time acumula seis rodadas sem perder, incluindo ainda um empate recente com a Inter. Já a Juventus, com a punição, fica com 23 pontos e cai ao 12° lugar. A boa fase do time se acertava e não tomava gols, depois da goleada do Napoli, parece um passado distante. Massimiliano Allegri volta a ficar na berlinda, mas longe de ser apenas sua responsabilidade.