Serie A

Milan sua para vencer Verona e Giampaolo diz que time precisa ser mais coletivo

O Milan sofreu um bocado, mas arrancou uma vitória importante na terceira rodada da Verona, fora de casa, os rossoneri venceram pelo placar mínimo, 1 a 0, go de pênalti do centroavante Krzysztof Piatek. O time aproveitou que o Verona ficou com um jogador a menos desde o primeiro tempo.

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O técnico do Milan, Marco Giampaolo, escalou o time em uma formação 4-3-2-1, que lembra o formato árvore de Natal, tanto usada por Carlo Ancelotti no vencedor Milan do início dos anos 2000. Lucas Paquetá e Suso jogaram logo atrás do atacante Krzysztof Piatek. A ideia é uma formação que aproveitar mais a criatividade do brasileiro e do espanhol.

Os primeiros minutos do Verona no jogo foram ótimos, com o time tentando pressionar o Milan e levando algum perigo com cruzamentos. O goleiro Gianluigi Donnarumma estava bem posicionado para interceptar. Isso até que o time ficou com um jogador a menos, aos 21 minutos. Mariusz Stepinski levantou demais a perna e acabou chutando o zagueiro Mateo Musacchio, em um lance bastante violento. Ele recebeu cartão amarelo inicialmente, mas após revisão do lance no VAR, o árbitro mudou para cartão vermelho.

O Verona ainda perdeu uma chance clara de gol depois da expulsão com Valerio Verre, mas como esperado, aos poucos o Milan é que conseguiu aproveitar melhor ter um jogador a mais em campo. Aos 19 minutos, Hakan Çalhanoglu chutou e Koray Günter estava com os braços um pouco abertos. O árbitro marcou pênalti.

Depois de muita reclamação e revisão no VAR, o árbitro confirmou a penalidade máxima. Piatek, então, cobrou bem e marcou 1 a 0 para o Milan. Ele ainda comemoraria outro gol, pouco depois, só que o lance foi anulado depois de revisão no VAR. O goleiro Marco Silvestri estava com o controle da bola e o polonês deu um carrinho que tirou a bola das mãos do arqueiro para entrar no gol.

Apesar da vantagem no placar e no número de jogadores, o Verona simplesmente não desistiu do jogo e o drama durou até o último minuto. E foi literalmente até o último minuto, porque no lance derradeiro da partida, Calabria fez falta em Pessina, a centímetros da grande área. O jogador do Milan foi expulso e o Verona teve uma chance na cobrança, mas Miguel Veloso cobrou na barreira. No rebote, Darko Lazovic mandou para fora. O Milan levou os três pontos, ainda que suando muito.

“O time está trabalhando bem, está encontrando seu equilíbrio e eu sei que há alguns pontos fortes e pontos fracos, mas eu trabalho para melhorar os indivíduos e os times”, afirmou Giampaolo, depois do jogo, à Sky Sports. “Todo mundo tem pontos fortes e pontos fracos, não há time perfeito. Eu gosto do esforço e paixão que nós colocamos no jogo, então erros acontecem”.

“O time jogou bem no segundo tempo, com a abordagem certa e precisa. Um time que defende com 10 jogadores no seu terço final é difícil de vencer. O Verona jogou o seu jogo defensivo honesto e nós estávamos constantemente empurrando para o ataque. Nós não fizemos isso perfeitamente e é claro que há muito trabalho a fazer e melhorar, mas a vitória nos ajuda a trabalhar”, continuou Giampaolo.

Na próxima rodada, o Milan tem um desafio ainda mais complicado: o Derby dela Madonnina com a Inter, que venceu os três jogos que fez até aqui na Serie A. “Eu não vou apenas varrer a sujeita para baixo do tapete, eu sei muito bem que precisamos melhorar e há problemas que nós temos que lidar”.

“Eu não gosto de improvisar, eu quero meu time com estrutura para trabalhar e algumas garantias para partir daí. Há muitos talentos individuais no time e eu ainda preciso que eles se encaixem no contexto do time como unidade”, explicou o técnico. “Quando o adversário está defendendo em bloco, você tem que mexer bem a bola de lado a lado para cansá-los, abrir e criar espaços”.

O treinador foi muito sincero em relação ao rendimento do time. “Nós temos que ser honestos, eu não escondo. Este time está tentando e está acostumado a jogar como indivíduos, enquanto eu devo fazê-los trabalhar a serviço do coletivo. Nós temos que aprender a atacar melhor, essa é a verdade”.

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Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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