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A Roma não dá descanso à sua torcida e perde do Sassuolo no Olímpico, num movimentado 4×3

A Roma vinha de vitória sobre a Juventus, mas deu uma derrapada feia contra o Sassuolo, em sucessão de erros no Olímpico

As últimas rodadas da Serie A mostravam como a Roma é dos times menos confiáveis da Serie A. Em questão de dias, os giallorossi foram capazes de perder para a então lanterna Cremonese e depois derrotar a Juventus. Alguns mais otimistas podiam acreditar que o triunfo sobre a Velha Senhora embalaria a Loba. Contudo, o time só reviveu os problemas e repetiu as oscilações neste domingo. Em pleno Estádio Olímpico, a Roma perdeu por 4 a 3 para o Sassuolo. O time sofreu um apagão que rendeu dois gols e, quando tentava reagir, uma expulsão em conjunto com um pênalti dificultava tudo. Durante o segundo tempo, com dez homens, os romanistas ainda tiveram seus lampejos e lutaram. Mas também tomaram o quarto gol e não conseguiram buscar o resultado.

Durante os primeiros minutos, a partida nem deu muitos sinais da surpresa que ocorreria. A Roma começou melhor e poderia ter aberto o placar. Aos dois minutos, Andrea Consigli fez boa defesa no mano a mano com Georginio Wijnaldum. Logo depois, seria a vez de Tammy Abraham bater ao lado da meta. Porém, a primeira chegada do Sassuolo rendeu o gol. Foi uma sequência de rebatidas. Rui Patrício defendeu o chute cruzado de Andrea Pinamonti, mas Armand Laurienté anotou no rebote. A Loba sentiu o baque e, aos 18, os neroverdi ampliaram. Foi mais um lance de insistência dos visitantes, no qual Domenico Berardi não conseguiu vencer Rui Patrício, mas rolou para Laurienté assinalar mais um.

A Roma parecia repetir o filme de frustrações recentes, mas conseguiu uma resposta aos 26. O primeiro gol dos giallorossi foi marcado com estilo, por Nicola Zalewski. O ala bateu a bola em direção ao chão e ela ganhou muita altura, para encobrir o estático Consigli. Não era uma grande atuação dos romanistas, mas a reação estava ao alcance e Wijnaldum teve uma cabeçada para fora. Isso até que o Sassuolo ressurgisse no fim do primeiro tempo. Os neroverdi voltavam a levar perigo e testavam Rui Patrício. Isso até que, num lance disputado na área, Marash Kumbulla chutasse Berardi num enrosco com Rui Patrício. O zagueiro foi expulso infantilmente e o atacante converteu o pênalti, no terceiro de seu time.

Para o segundo tempo, a Roma acionou Paulo Dybala no banco de reservas. O atacante teria impacto imediato, ao criar chances, e anotou um golaço aos cinco minutos. De fora da área, Dybala arriscou o chute colocado e mandou no ângulo, sem que Consigli chegasse perto de defender. Só que a pressão não se sustentou. O Sassuolo voltou a explorar uma equipe fragilizada. Logo no primeiro ataque, Berardi acertou o travessão. Matheus Henrique, bem em campo, também criou boa chance num tiro para fora. Nervosa, a Loba teria uma confusão na beira do campo, que rendeu a expulsão de um membro da comissão técnica.

A Roma buscava a pressão, mesmo com um homem a menos. A diferença numérica, todavia, teria seu peso. O time só voltaria a ameaçar por volta dos 25, primeiro com Wijnaldum num desvio para fora e depois com Zalewski parando em Consigli. Quando a equipe parecia se animar, o Sassuolo ampliou aos 30. Laurienté enfiou com precisão, a defesa parou e Pinamonti tirou do alcance de Rui Patrício. Dybala até exigiu boa defesa de Consigli pouco depois, mas ficava mais difícil para os romanistas acreditarem. O terceiro gol surgiu muito tarde, aos 49. Numa arrancada de Chris Smalling, Wijnaldum invadiu a área e definiu por cima de Consigli. O meio-campista sublinhava sua boa atuação, pena que a maior parte dos companheiros não correspondeu.

A Roma perde uma chance dourada de entrar no G-4. A equipe fica com 47 pontos, na quinta colocação da Serie A. Se vencesse, igualaria-se à vice-líder Inter e ultrapassaria a rival Lazio. São pontos custosos que vão pelo ralo. Já o Sassuolo emenda a terceira vitória consecutiva, seguro no meio da tabela. Os neroverdi estão no 12° lugar, com 33 pontos. Depois de atropelarem o Milan, ganham com autoridade da Loba.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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