Quase escapou, mas a Cremonese conseguiu encerrar uma das maiores sequências sem vitória da Serie A – e contra a Roma
Contando a participação anterior, em 1995/96, a Cremenose não vencia há 30 rodadas, igualando o recorde do Ancona, entre 1993 e 2004

Aconteceu. E estou me segurando para não dizer que é claro que foi contra a Roma. Depois de passar 23 rodadas em branco, a Cremonese quase deixou escapar, mas conseguiu ganhar pela primeira vez nesta temporada do Campeonato Italiano. Um pênalti cometido por Rui Patrício aos 35 minutos do segundo tempo decretou a vitória em casa por 2 a 1 e também encerrou uma das maiores sequências negativas da história da Serie A.
Contando a sua última participação na elite italiana, em 1995/96, a Cremonese estava há 30 rodadas sem uma vitória, igualando a sequência do Ancano, entre 1993 e 2004, segundo a Opta Sports. Os três pontos também foram importantes para o clube sair da lanterna e ultrapassar a Sampdoria porque, embora ainda não tivesse vencido, não estava perdendo tanto assim – nove empates, 14 derrotas. E faz uma campanha ótima na Copa da Itália. Está na semifinal, contra a Fiorentina, depois de ter eliminado o Napoli e a própria Roma.
30 – #Cremonese ended the joint-longest streak without a win for a club in Serie A's history (30, alongside Ancona between 1993 and 2004). Light.#CremoneseRoma #SerieA pic.twitter.com/bvv2MAbc8Q
— OptaPaolo (@OptaPaolo) February 28, 2023
O time de José Mourinho, que foi expulso e assistiu ao segundo tempo das arquibancadas, teve uma apresentação ofensiva extremamente pobre. Não conseguiu acertar um chute a gol contra o lanterna até empatar o jogo, aos 26 minutos da etapa final. E isso porque contava com praticamente todo mundo, incluindo Georginio Wijnaldum, titular da Roma pela primeira vez, depois de um longo tempo afastado por uma fratura na tíbia no começo da temporada que o tirou da Copa do Mundo.
A Cremonese abriu o placar no primeiro tempo com um golaço. Marco Benassi mandou para a entrada da área, onde Emanuele Valeri fez o trabalho de pivô para Frank Tsadjout soltar a perna esquerda, no ângulo de Rui Patrício. A partida da Roma como um todo foi um desastre, mas o primeiro tempo foi pior ainda: apenas quatro finalizações, nenhuma no alvo. O lance de maior perigo foi uma escapada de Dybala pela direita, invadindo a área. Poderia ter sido pênalti se ele não estivesse em posição de impedimento.
No segundo tempo, El Shaarawy foi acionado por Spinazzola dentro da área e bateu duas vezes em cima de Alex Ferrari. Até pareceu que o árbitro marcou pênalti, mas o lance foi anulado por posição irregular e o assistente de vídeo provavelmente perceberia que a bola nunca bateu no braço do defensor. A Roma ainda sofria para criar, quando a Cremonese deu uma mãozinha.
O lançamento de Gianluca Mancini foi bonito, da altura do meio-campo, mas é difícil entender como Spinazzola conseguiu aparecer em diagonal completamente livre e ainda com alguns metros de vantagem para a última linha do time da casa. O lateral esquerdo italiano dominou com elegância e tocou na saída do goleiro Marco Carnesecchi.
O empate deu um pouco de energia à Roma, e o cenário parecia caminhar para uma virada, mas… Daniel Ciofani bateu mascado da entrada da área e acabou dando uma assistência para David Okereke. Livre na cara do gol, Okereke deu o drible para dentro e foi derrubado por Rui Patrício, que saiu deslizando com as duas pernas. O goleiro português até acertou o canto, mas Ciofani cobrou bem demais.
Derrota chatíssima para a Roma, que vinha em uma sequência irregular, mas positiva. Perdeu a chance de igualar a pontuação dos vice-líderes Internazionale e Milan e de entrar no G4. Está em quinto lugar, a um ponto da quarta colocada e rival Lazio.
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