Itália

Pressionado, Collina abandona carreira de árbitro

O árbitro italiano Pierluigi Collina, eleito cinco vezes o melhor do mundo, anunciou nesta segunda-feira sua aposentadoria do futebol. O motivo principal da decisão foi o contrato de patrocínio firmado entre o juiz mais famoso do futebol mundial e a Opel, empresa automobilística, que levantou bastante suspeita na Itália por ser também a patrocinadora do Milan.

A parceria entre Collina e a montadora foi mal-vista pela Federação Italiana de Futebol (FIGC), que julgou haver um conflito de interesses e definiu que o árbitro só poderia trabalhar nas partidas das Série B se mantido o acordo.

“Depois de 28 anos, decidi parar”, afirmou. “As pessoas precisam confiar num árbitro. Dormi menos nos últimos dias do que às vésperas da final da última Copa do Mundo.”

“Não haveria problema algum apitar jogos na Série B, mas ou eles (FIGC) confiam na gente ou não”, completou Collina, referindo-se a não ver problemas entre receber € 800 mil do mesmo patrocinador de um dos mais tradicionais clubes do país.

Collina deveria ter parado em julho, quando completou 45 anos, mas a FIGC conseguiu uma licença especial para que ele pudesse apitar até chegar aos 46.

Sua última partida profissional foi a vitória do Villarreal contra o Everton, por 2 a 1, na terceira fase preliminar da Liga dos Campeões. Naquela oportunidade, Collina anulou um gol polêmico marcado pelos ingleses.

Escalado para apitar o jogo entre Espanha e Sérvia e Montenegro pelas eliminatórias, ele será substituído pelo inglês Graham Poll.

Foto de Equipe Trivela

Equipe Trivela

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