O Napoli sonhou, mas a Juve buscou a virada e sai em boa vantagem na Copa da Itália
O Napoli chegou mesmo a ter esperanças. Saiu em vantagem e fez um bom primeiro tempo em Turim. No entanto, contra a Juventus, 45 minutos não são suficientes. A defesa celeste acumulou falhas na volta do intervalo, embora também reclame das decisões da arbitragem a favor dos anfitriões, e o ataque pouco apareceu. Melhor para a Velha Senhora, que cresceu, venceu de virada por 3 a 1 e conquistou uma excelente vantagem nas semifinais da Copa da Itália. Os bianconeri podem até mesmo perder por um gol de diferença na visita ao Estádio San Paolo, no início de abril, que estarão na decisão.
A primeira metade do jogo em Turim foi intensa. Os dois times buscavam o ataque e encontravam as suas oportunidades para marcar. A Juve incomodava principalmente a partir de bolas em profundidade, mas parava na grande noite de Pepe Reina. Enquanto isso, os napolitanos arriscavam de média distância, sem levar tanto perigo a Neto, apesar da insistência no campo ofensivo. Aos 33 minutos, placar aberto: o chute cruzado de Lorenzo Insigne não tinha direção, mas sobrou livre para José Callejón completar dentro da área. Prêmio à postura dos partenopei, jogando de igual com os rivais.
A Juventus insistia. Pouco antes do intervalo, Pepe Reina fez milagre. Pegou o arremate de Mandzukic, antes de se recuperar e fechar a porta também para Lichtsteiner. Mas os esforços do espanhol acabariam em vão na volta do intervalo, com o time da casa melhorando após a entrada de Cuadrado na vaga de Lichtsteiner na meia direita. Aos dois minutos, pênalti para a Velha Senhora. Koulibaly calçou Dybala e o árbitro anotou o pênalti. O próprio argentino foi para a cobrança, batendo no canto direito. E a virada saiu aos 19, em outro erro defensivo do Napoli. Reina saiu mal do gol e, após desvio, a bola sobrou limpa para Higuaín arrematar, marcando quase sem ângulo. O artilheiro preferiu não comemorar contra o ex-clube.
Desde o empate, Maurizio Sarri já tentava mudar a dinâmica do seu time, promovendo as entradas de Zielinski e Mertens. Necessidade urgente depois dos 23 minutos, a partir de um contra-ataque fulminante. Pouco depois de um pedido de pênalti sobre Albiol, Dybala partiu em velocidade e passou para Cuadrado, que invadia a área. Reina chegou na bola, mas o árbitro preferiu apontar à marca da cal. Na cobrança, o camisa 21 cobrou no mesmo canto e fez o terceiro dos bianconeri. Tentando se impor no campo de ataque, o Napoli encontrava poucos espaços na zaga da Juventus. Pior, quase tomaram o quarto, com Khedira. O prejuízo já era grande o suficiente.
O Napoli precisará ser muito mais consistente para reverter o quadro no Estádio San Paolo. A arbitragem pode ter deixado a missão mais difícil, mas isso não pode ocultar os próprios erros dos celestes em Turim. Enquanto isso, a Juventus se impôs, mas longe de fazer uma partida brilhante. Não se encaixou no início, pecou nas conclusões e precisou contar com o poder de decisão de Paulo Dybala, em excelente momento. Ao menos, a vantagem garante certa tranquilidade para o reencontro. Em uma noite que será cheia de pressão em Nápoles, até por acontecer dois dias depois do encontro entre as equipes pela Serie A, ter certa folga valerá demais à Velha Senhora.