Milan chega a bizarras 30 lesões em 4 meses e Pioli vive inferno para montar sua defesa
São 30 lesões para o Milan apenas na primeira metade da temporada, o que acende a luz vermelha e deixa Stefano Pioli sem opções na zaga
O Milan vive um verdadeiro pesadelo nesta temporada. Não se trata (apenas) do desempenho dentro de campo, abaixo do esperado com a eliminação ainda na fase de grupos da Champions League — que acabou atenuada com a classificação para a Liga Europa via terceira colocação na chave — ou a distância de 11 pontos para a arquirrival Internazionale, atual líder da Serie A. O grande problema para os rossoneri está justamente em uma das causas desse mau desempenho: muitas lesões.
Quando empatou em 2 a 2 diante da Salernitana no meio da semana passada, o Milan foi a campo com seis desfalques por lesão. Era eles Pierre Kalulu, Mattia Caldara, Malick Thiaw, Yunus Musah, Tommaso Pobega e Noah Okafor. Quase meio time fora, mas não é esse o número que realmente chama atenção para os torcedores. E sim que, em apenas quatro meses de temporada, o Milan já sofreu com nada menos do que 30 lesões. Uma média chocante de mais de sete jogadores machucados por mês neste período, o que explica bastante coisa sobre o desempenho em campo abaixo do esperado.
Um aprofundamento nos números relativos às lesões do Milan na temporada deixam a situação ainda mais assustador: foram 22 problemas musculares constatados nestes quatro meses atingindo nada menos do que 21 jogadores diferentes no total. Uma situação que beira o constrangimento e que faz com que o técnico Stefano Pioli basicamente nunca tenha tido à disposição todos seus jogadores de uma vez. Atualmente, é bom lembrar o elenco principal do Milan — sem contar os jogadores 'emprestados' das equipes de categorias de base — tem 28 jogadores.
Fikayo Tomori é o mais novo lesionado (e a mais nova dor de cabeça para Pioli)
No já citado jogo diante da Salernitana, o Milan ganhou mais dois problemas bastante preocupantes relativos a lesões. O primeiro deles é o zagueiro inglês Fikayo Tomori, que deixou o campo aos 20 minutos do segundo tempo por conta de nova lesão. Avaliado, ele não teve o grau de seu problema físico divulgado até o momento, mas é sabido que ele não estará à disposição para a partida contra o Sassuolo, em 30 de dezembro, que marca o último jogo do time em 2023 — a mídia italiana fala, inclusive, que ele poderá perder todo mês de janeiro se recuperando.
A lesão de Tomori preocupa bastante por parecer mais grave, mas o Milan chegou ao absurdo fato de, na partida contra a Salernitana, perder também o companheiro de zaga do inglês, Simon Kjaer, que deixou o campo lesionado ainda antes de seu colega, ainda no intervalo da partida. Jan-Carlo Simic, de apenas 18 anos, entrou e deve ser o escolhido para compor um setor devastado por lesões. Não se sabe, ainda, se Kjaer poderá atuar diante do Sassuolo, apesar de sua lesão ser comprovadamente mais leve que a de Tomori, ao que informam os relatos vindos da Itália.
Pierre Kalulu, Mattia Caldara, Malick Thiaw ganharão a companhia de Fikayo Tomori e, quem sabe, Simon Kjaer como defensores lesionados do Milan com os quais Stefano Pioli não poderá contar de imediato, o que torna a situação praticamente insustentável. Mesmo contando com jogadores das categorias de base, o treinador não conseguirá formar uma zaga com zagueiros originais, tendo de improvisar, como aconteceu contra a Salernitana, quando o lateral-direito Davide Calabria acabou sendo deslocado para jogar mais por dentro, o que, convenhamos, nunca fez em sua carreira.
Se tem algo que Stefano Pioli e os torcedores do Milan vão pedir na virada de ano, sem dúvidas, é mais saúde para o elenco milanista. Estão precisando…